Governo faz reunião contra plano do PCC para resgatar Marcola
Facção criminosa planejou ação audaciosa para libertar Marco Camacho e mais três líderes que estão em Presidente Venceslau
Um plano audacioso da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) para libertar seu líder, o traficante Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, preso em Presidente Venceslau (SP), foi descoberto pela polícia. O objetivo da ação era resgatar também Claudio Barbará da Silva, Célio Marcelo da Silva, o Bin Laden, e Luiz Eduardo Marcondes Machado, o Du Bela Vista. Para isso, os bandidos pretendiam pilotar um helicóptero Esquilo, mesmo modelo usado pela Polícia Militar, e tirar o grupo da cadeia usando um cesto blindado. Um segundo helicótero estaria à espreita para dar proteção, com criminosos de metralhadora em punho.
+ Perseguição termina em morte na Avenida dos Bandeirantes
A operação seria posta em prática nesta quinta-feira (27) e um grupo de elite da PM está de tocaia nos arredores da prisão. A cúpula da Secretaria de Segurança Pública – que não se manifestou oficialmente – está reunida hoje para falar sobre o caso. O relatório com o detalhamento da operação foi entregue pela inteligência da polícia ao Ministério Público Estadual, que já repassou à Justiça. Ainda não se sabe se o plano será levado a cabo ou abortado pelos bandidos.
Estratégia
A ideia do PCC era que os helicópteros usados na fuga fossem confundidos com o Águia da PM. Uma vez resgatados, Marcola e os outros iriam para Loanda, no Paraná. De lá, fugiriam em uma aeronave Cessna para o Paraguai, onde a facção também tem integrantes.
+ Justiça manda soltar empresário que atropelou dez na Vila Madalena
Para isso, os bandidos pagaram aulas particulares de pilotagem no aeroporto Campo de Marte, na Zona Norte da capital. O professor deles foi Alexandre José de Oliveira Junior, copiloto do helicóptero apreendido em novembro com 450 quilos de cocaína. A aeronave pertencia ao deputado federal Gustavo Perrella (SDD-MG), filho do senador Zezé Perrella (PDT-MG).
Os helicópteros seriam comprados ou sequestrados em São Paulo. Também não estava descartada a hipótese de sequestrar também pilotos profissionais, que ajudariam na operação.