Continua após publicidade

Leandro Ribela ensina esqui para crianças de baixa renda

"Não há limites para quem se desafia a fazer o que gosta", afirma o voluntário

Por Alessandra Freitas
Atualizado em 5 dez 2016, 11h38 - Publicado em 19 fev 2016, 23h00
paulistano nota 10
paulistano nota 10 (Fernando Moraes/)
Continua após publicidade

Aos 35 anos, o atleta e técnico Leandro Ribela conquistou sete campeonatos brasileiros de esqui, sagrou-se campeão sul-americano e chegou a representar o país nos dois últimos Jogos Olímpicos de Inverno. Em 2012, decidiu espalhar o conhecimento no esporte e ajudar crianças e adolescentes debaixa renda. Um dos obstáculos era despertar o interesse dos jovens por uma atividade incomum, ainda mais em um país onde não neva.

A solução veio ao utilizar equipamentos com rodas capazes de vencer até o mais duro asfalto (eles são semelhantes aos que Ribela usa para treinar na cidade atletas profissionais, que passam apenas parte do ano em cordilheiras glaciais). Desde então, a ONG Ski na Rua desenvolveu o talento de cerca de noventa esportistas mirins.

+ Clubes paulistanos recebem atletas para a Olimpíada

A proposta não é só ensiná-los a deslizar por aí. Os alunos recebem cuidados dentários e têm a oportunidadede estudar espanhol gratuitamente na Universidade de São Paulo. O treinamento, aliás, é realizado nas ladeiras do câmpus. Devido à localização, grande parte dos alunos vem do Jardim São Remo, favela vizinha à Cidade Universitária.

“Recebemos o apoio de 35 doadores para financiar o projeto”, enumera. “Os trinta aparelhos usados pelo grupo, por exemplo, foram uma oferta da marca Rollerski.” Se tivesse de pagar por eles, precisaria desembolsar cerca de 1 500 reais por cada um. O dinheiro arrecadado banca ainda as viagens dos atletas às montanhas geladas. Caio Santos, de 19 anos, participa dos treinos há três anos, e conta que conheceu nações como Suécia, Bielorrússia, Áustria e Eslovênia.

“Hoje falo bem inglês e espanhol e carrego uma cultura que mudou a minha vida”, afirma. Participante de torneios internacionais, o rapaz sonha disputar a Olimpíada. “Ensinamos que não há limites para quem se desafia a fazer o que gosta”, relata Ribela. O estudante Gustavo Sousa, 17, que o diga. Portador de uma doença congênita, ele não tem a perna direita mas não deixa passar nenhum treino.”Qualquer um pode praticar se houver alguém disposto a ensinar.”

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de São Paulo

a partir de 35,60/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.