Pelo fim da cultura do estupro, jornalista critica Danilo Gentili e Rafinha Bastos ao vivo
O jornalista José Trajano abordou o crime ocorrido no Rio de Janeiro com a adolescente de 16 anos e ofereceu solidariedade às mulheres vítimas de violência sexual
O jornalista José Trajano quebrou o protocolo e fez um protesto na abertura do Linha de Passe, na noite de sexta (27), no ESPN. Na abertura do programa, ele abordou a barbárie ocorrida no Rio de Janeiro com a adolescente de 16 anos e ofereceu solidariedade às mulheres vítimas de violência sexual. “Vou começar de uma forma diferente, me solidarizando com as mulheres brasileiras vítimas de estupro. São onze por dia neste país. E me incorporando à campanha pelo fim da cultura do estupro.”
Ao dar continuidade, Trajano prosseguiu com o seu incômodo. Um dos fundadores da ESPN, ele afirmou ter sido procurado por parte da equipe do canal que estava aborrecida com a presença de uma pessoa que apareceu na programação da emissora. Sem citar nome, Trajano deixou bem claro de se tratava dos humoristas Danilo Gentili e Rafinha Bastos.
“Quero representar aqui um grupo da ESPN que me tornou porta-voz desse protesto que foi fazer aqui, porque o canal abrigou nesta semana um personagem engraçadinho que se posta como se fosse um sujeito que faz apologia ao estupro em nome do humor, dizendo que no humor cabe tudo. Esse grupo ficou irritado, ficou enjoado com a presença dele”, disse o âncora. Ele falava de Danilo Gentili. Mas não apenas deles. “E o outro engraçadinho também já participou de transmissões aqui da NBA”, disse, neste caso em protesto a Rafinha Bastos, que já participou em transmissão de basquete no canal de esportes.
+ Namorado da vítima de estupro diz que traficante foi autor do vídeo
As razões
Os dois humoristas já se envolveram em polêmicas por fazer piada com um assunto tão sério. Gentili, certa vez, postou em sua conta no Twitter: “O cara esperou uma gostosa ficar bêbada pra transar com ela. Todos sabemos o nome que se dá pra um cara desses: Gênio”. O post feito por Gentili foi em 2012 e apagado pelo apresentador. Já Rafinha Bastos se envolve na piada com a gravidez de Wanessa Camargo, atitude que, de certa forma, lhe custou o emprego na bancada do programa CQC, na Band.