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Haddad quer fechar a Paulista para carros já neste domingo

Segundo o prefeito, CET já está preparada e falta apenas acordo com Ministério Público

Por Veja São Paulo
Atualizado em 1 jun 2017, 16h35 - Publicado em 29 set 2015, 09h54
Ciclovia Avenida Paulista
Ciclovia Avenida Paulista (Vinícius Tamamoto/)
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O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), disse na segunda-feira (28) que tem “vontade” de abrir a Avenida Paulista para pedestres e ciclistas a partir deste domingo (4) e a CET (Companhia de Engenharia do Tráfego) já está preparada.

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A prefeitura deve enviar nesta terça-feira (29) as informações solicitadas pelo Ministério Público Estadual. O órgão ainda argumenta que a Paulista só pode ser fechada três vezes por ano, conforme Termo de Ajustamento de Conduta assinado com a prefeitura em 2007.

“Estamos fazendo a análise técnica daquilo que o MPE pediu, que é o impacto (da abertura da Paulista) na Avenida Doutor Arnaldo. Se estiver pronta (a análise), colocamos na mesa e decidimos”, afirmou Haddad. “Tecnicamente falando, a CET está pronta para isso (abrir domingo). Não queremos atropelar as formalidades exigidas pelo MPE, mas nossa vontade é essa. Estamos sensibilizando o MP para isso.”

segundo dia de ciclovia
segundo dia de ciclovia ()
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O procurador-geral do município, Antônio Carlos Cintra, e o secretário municipal de Negócios Jurídicos, Robinson Barreirinhas, devem enviar nesta terça as informações solicitadas. Atendidas todas as solicitações do MPE, a prefeitura anunciará a abertura da avenida.

O MPE disse, também por nota, que a Promotoria de Justiça de Habitação e Urbanismo da capital “espera o cumprimento do TAC que limita a três por ano os eventos com fechamento da Avenida Paulista para veículos, uma vez que nenhum acordo posterior foi firmado pela Promotoria e pelo poder público municipal sobre esse assunto”. Para a Promotoria, o TAC continua válido.

Ciclovia Avenida Paulista
Ciclovia Avenida Paulista ()
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O vice-presidente da Associação Comercial de São Paulo, Roberto Ordine, defende a necessidade de mais testes e estudos. “Não é só o comércio que está em jogo. De hospitais a restaurantes, existe um mundo de elementos em torno da Avenida Paulista; não apenas o que o prefeito imagina”, afirmou, criticando a “decisão unilateral” da prefeitura.

A presidente da Associação Paulista Viva, Vilma Peramezza, voltou a criticar a proposta de fechamento. Para ela, a existência da ciclovia e a abertura das ciclofaixas aos domingos, combinadas com a presença de parques e “calçadas amplas e acessíveis” para passeio seriam espaços suficientes para o lazer de todos, além de proporcionar o acesso a todos os equipamentos no entorno da avenida.

A Sociedade dos Amigos, Moradores e Empreendedores do bairro Cerqueira César (SAMORCC) mantém a posição contrária ao fechamento. Segundo Célia Marcondes, diretora jurídica da entidade, “a dor do transtorno causado pelo fechamento só sabe quem mora na própria avenida”.

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