Uma cidade sob as lentes
Preparamos um guia para comemorar o bom momento da fotografia na cidade: grandes exposições em cartaz, galerias especializadas, melhores cursos e novos equipamentos
Dos telefones celulares às galerias de arte, das redes sociais aos museus,estamos rodeados de imagens fotográficas. Prova recente de seu impacto é a série Giganto, da gaúcha Raquel Brust, composta de retratos de moradores da região do Minhocão que foram colados nas colunas do viaduto através da técnica de lambe-lambe. Parte integrante do festival madrileno PhotoEspaña, o conjunto chamou a atenção de quem passava de carro ou a pé pela Rua Amaral Gurgel, no centro. Apesar de um dos retratos ter sido pichado na última quarta (23), Raquel acredita ter alcançado o objetivo de inserir um pouco de arte na vida da população. “Nunca me interessei em expor minhas obras em cubos brancos, eu me sentiria presa. Não preciso: a cidade é minha galeria.”
Outro exemplo da popularidade do assunto na metrópole é a exposição Genesis, de Sebastião Salgado. Desde o começo de setembro, 465 000 pessoas visitaram a mostra no Sesc Belenzinho. Em termos comerciais, a fotografia também vai bem. Realizada em agosto, no Shopping JK Iguatemi, a feira SP Arte/Foto reuniu 12 000 pessoas em quatro dias, 20% mais do que em 2012. As galerias especializadas já sentiram a melhora. “Quando inauguramos a casa, em junho do ano passado, estávamos esperando receber 100 pessoas por mês, mas tivemos uma grande surpresa, e a frequência é mais que o dobro disso”, comemora Mônica Maia, sócia da DOC Galeria, instalada na Vila Madalena. A exposição atual, um retrato documental de travestis no Rio de Janeiro, já rendeu seis vendas (cada ampliação custa entre 2 000 e 7 000 reais), quase duas vezes o que a DOC está habituada a registrar.
O mercado internacional está cada vez mais interessado na produção de nossos profissionais. No último mês de agosto, o astro inglês Elton John adquiriu seis imagens do fotógrafo paulistano Mauricio Lima para sua coleção particular, uma delas por 4 000 reais. A boa fase se refletiu também nas lojas e escolas voltadas ao setor. “Entre fevereiro e agosto dobramos nosso faturamento”, afirma Karim Fahs, sócio da butique Photograph&Co, aberta em janeiro na Alameda Lorena.
Para comemorar o ótimo momento vivido por aqui pelo universo dos cliques, VEJA SÃO PAULO preparou uma seleção com o que há de melhor sobre o tema na cidade. Ela reúne as grandes exposições em cartaz, o perfil das galerias dedicadas ao assunto, os cursos especializados e os novos equipamentos fotográficos disponíveis nas nossas lojas.
+ Calendário das câmeras: as grandes exposições
+ Para ver e comprar: as galerias especializadas
+ Aulas de cliques: os cursos especializados
+ Loja da imagem: câmeras e outros acessórios