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Exame de suspeito de ebola fica pronto em 24 horas

Paciente que estava em Cascavel foi transferido durante a madrugada para o Instituto Nacional de Infectologia no Rio de Janeiro; outras 63 pessoas são monitoradas

Por VEJA SÃO PAULO
Atualizado em 5 dez 2016, 13h59 - Publicado em 10 out 2014, 12h44

O resultado do exame para diagnosticar se o paciente internado no Instituto Nacional de Infectologia, no Rio de Janeiro, está infectado com ebola ficará pronto até este sábado (11). A informação foi confirmada na manhã desta sexta-feira (10) pelo ministro da Saúde Arthur Chioro.

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A Organização Mundial de Saúde exige que dois testes sejam feitos para a confirmação do diagnóstico, com 48 horas de diferença. Dessa forma, mesmo que o primeiro exame descarte a infecção da doença, o paciente permanecerá isolado até o segundo resultado.

De acordo com o ministro, o homem deu entrada na Unidade Básica de Saúde de Cascavel com quadro de febre, tosse e dor de garganta. Ele não tinha sinais de diarreia ou erupções no corpo, sintomas da doença. O paciente chegou ao Brasil no dia 19 de setembro, vindo de Guiné via Marrocos. Ele desembarcou no Aeroporto de Guarulhos e seguiu para o interior do Paraná. O ebola permanece em período de incubação por 21 dias. Como o paciente se apresentou na unidade de saúde em seu vigésimo dia no Brasil, foi internado e isolado.

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Equipes de investigação já monitoram 63 pessoas que podem ter entrado em contato com o paciente, sendo que três são profissionais de saúde que atenderam o homem no Paraná. Eles serão acompanhados por 21 dias, caso apresentem algum sintoma.

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Ebola

O mundo vive hoje a pior epidemia de ebola da história. Foram registrados 8 011 casos na Guiné, Libéria e Serra Leoa, com 3 857 mortes, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde. Nigéria, Senegal e Estados Unidos e Espanha apresentaram transmissões localizadas. Juntos, foram contabilizados nestes países 21 pacientes com a doença e 8 mortes.

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Transmitida por um vírus, a doença é fatal em cerca 65% dos casos. A infecção ocorre por meio do contato com sangue, fluidos corporais da pessoa infectada ou do animal doente, como macacos, capivaras e porcos-espinhos. Ao contrário de outras doenças, no entanto, a transmissão ocorre quando o paciente já apresenta os sintomas da infecção. Os principais são febre, fraqueza, dores abdominais, vômito e hemorragias. A incubação – período entre o contágio e a manifestação dos primeiros sintomas – pode variar entre 2 a 21 dias. Não há remédio específico para o ebola.

Em agosto, o Centro de Operações de Emergência em Saúde do Governo Federal acionou o nível dois de emergência, o penúltimo na escala de gravidade, que permite o deslocamento de equipes federais para regiões com suspeita da doença no país sem a necessidade de autorização dos governos locais.

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Desde que a Organização Mundial de Saúde decretou emergência, o Brasil adotou um conjunto de medidas para prevenir a transmissão e permitir a rápida identificação de um caso suspeito da doença, com isolamento e tratamento.

O grupo Executivo Interministerial para Emergências em Saúde Pública foi convocado. Além disso, videoconferências semanais com todos os estados são realizadas. Simulações também foram feitas em hospitais de referência e em aeroportos.

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De acordo com o plano traçado, casos suspeitos devem ser encaminhados para hospitais de referência. Essas unidades de saúde, no entanto, fazem apenas a primeira triagem. Casos confirmados, de acordo com a estratégia, devem ser enviados para dois hospitais: Instituto Nacional de Infectologia, no Rio, e Hospital Emílio Ribas, em São Paulo, onde os pacientes ficam internados. O teste de diagnóstico para comprovação da infecção é feito no Instituto Evandro Chagas. (Com informações do Estadão Conteúdo)

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