Por onde anda Estefano Zaquini, participante do ‘MasterChef’
Dez meses após ser eliminado do reality show gastronômico, ele trabalha com o chef Erick Jacquin, participa de programa na televisão e administra a própria marca de doces
Estefano Zaquini atende ao telefone com o som de panelas ao fundo. Pede para ligar depois. Afinal, é hora de preparar as sobremesas do dia, no Tartar&Co, onde divide a cozinha com o chef Erick Jacquin. Ele trabalha na casa desde novembro de 2014, após ter sido eliminado do MasterChef, da Band. Sua vida é uma correria. Difícil arrumar tempo até mesmo para conversar. “Estava preparando uma tartelette de frutas vermelhas”, disse o rapaz de 20 anos, nascido em Jardim Cristiane, comunidade de Santo André. “Mas a minha sobremesa favorita ainda é o petit gateau”. Em entrevista a VEJA SÃO PAULO, Estefano conta sobre a sua rotina e aponta um favorito na nova edição do programa.
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Após quase dez meses da sua eliminação na primeira edição do MasterChef, como é sua rotina?
Eu costumo sair de casa por volta das 6h30, no Jardim Cristiane. Chego no Tartar&Co às 9h e fico até as 17h com o chef Erick Jacquin. Faço os doces e tenho liberdade para criar os pratos. Mas a minha sobremesa favorita ainda é o petit gateau. Foi uma receita que me marcou, que me fez ganhar uma prova no programa. Depois do trabalho, pego ônibus, trem e dois metrôs para chegar em casa. Depois eu começo a preparar doces e bolos da minha marca Zaquini Doces Finos. Tenho bolo para casamento, docinhos, bem casados, lembrancinhas.
E o quadro no programa Mulheres, na TV Gazeta? Programa ao vivo é mais difícil?
É mais fácil, na verdade. Fico um pouco nervoso antes da gravação, mas depois é tranquilo. MasterChef foi mais difícil. Eu recebi o convite do diretor para ensinar receitas próprias ao vivo. Fico de trinta a quarenta minutos no ar. Os pratos devem ser fáceis, práticos e baratos para agradar ao público. Já participei nove vezes, sempre às segundas, quando tiro folga do Tartar&Co. Todas tiveram boas respostas. Já ensinei alfajor, bolo de churros, pavê de doce de leite. Recebo muitas mensagens de carinho e agradecimentos no Facebook. As minhas redes sociais bombam (risos).
Os clientes pedem para falar com você?
Desde a minha entrada no restaurante, todo o fim de semana aparece um cliente na cozinha pedindo para tirar foto. Dizem que torciam por mim, querem provar os meus pratos. É muito legal. Também sou reconhecido na rua. No início, eu estranhei. Agora estou mais acostumado.
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Como é trabalhar com o Jacquin?
Estou há quase um ano lá. É uma faculdade. Estou aprendendo muito. O chef é bem exigente, tem que sair tudo certo. Aprendi a buscar a perfeição. Tudo tem que ser perfeito.
Pretende ainda começar a faculdade de gastronomia?
A faculdade requer uma situação financeira melhor, ainda não consigo pagar o curso. É o meu maior sonho, com certeza. Quero aprender mais técnicas na cozinha. Pretendo me especializar em confeitaria por amar os detalhes dos doces.
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Você enfrenta problemas financeiros?
Eu ganho o suficiente para ajudar em casa, a minha mãe e a minha avó. Tenho o trabalho no restaurante, mas as encomendas não são fixas, embora eu tenha conquistado uma boa clientela. Mesmo assim, não ganho o suficiente para pagar uma faculdade, por exemplo.
Costuma assistir ao MasterChef? Está torcendo por alguém?
Não consigo acompanhar todas as semanas por causa do horário. Precisaria ficar acordado até muito tarde. Mas acompanho pela internet, vejo o que está acontecendo. Gosto bastante da Izabel e a Jiang. Ela é muito fofa.
Tem contato com os antigos competidores?
Eu falo com eles quase todos os dias. Nós temos um grupo no WhatsApp. Sempre que possível, saímos juntos ou nos reunimos na casa de um dos participantes para uma refeição. É aquela festa. Cada um leva um prato. A última vez foi na casa da Cecília. Definitivamente, o que ficou do programa foi a amizade.