‘Esquenta’ para 2016, protestos de hoje prometem pressionar Congresso
Em São Paulo, cinco carros de som se concentrarão próximos ao Masp, na Avenida Paulista
Os movimentos que organizaram os três grandes protestos de rua para pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff marcaram para este domingo (13), novos atos, desta vez com o objetivo de emparedar o Congresso.
Em São Paulo, cinco carros de som se concentrarão próximos ao Masp, na Avenida Paulista. O MBL vai levar balões gigantes com os rostos de Dilma, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), do ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Edson Fachin e dos deputados Celso Russomanno (PRB-SP) e Rogério Rosso (PSD-DF). “Estamos de olho em 2016”, disse Renan Santos.
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Se em abril, maio e agosto as manifestações eram a forma de pressão para que o pedido de impedimento fosse aceito, a partir do acolhimento, no dia 2, as ruas passaram a ser consideradas tanto pelo governo quanto pela oposição como o termômetro para a tramitação do processo no Parlamento.
O desafio extra para os organizadores é realizar, em um prazo de menos de duas semanas, um protesto que seja mais representativo que o ato de apoio a Dilma organizado como um contraponto aos movimentos sociais alinhados ao PT, como a CUT, MTST e UNE, que esperam levar 50 mil pessoas às ruas de São Paulo e Brasília na quarta-feira.
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Pegos de surpresa com a decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) após protelar por diversas vezes o acolhimento do pedido de impedimento da presidente, os organizadores dos atos pró-impeachment dizem que, em função do pouco tempo para mobilização, não têm a pretensão de achar que o ato de hoje será algo do porte que levou milhares de pessoas às ruas em 15 de março, 12 de abril e 16 de agosto.
Por isso, a manifestação de hoje é considerada um “esquenta” para um grande protesto que deve ser realizado em 2016, ainda sem data marcada.Ainda assim, o feedback nestas duas semanas empolgou o empresário Rogério Chequer, porta-voz do movimento Vem Pra Rua. “Vai ser um pouco acima de um esquenta”, disse ele. O empresário argumenta que, inicialmente, o plano era envolver apenas as capitais, mas houve demanda espontânea de outras cidades.
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Para Renan Santos, um dos líderes do Movimento Brasil Livre, a interação nas redes é maior que nos atos anteriores. “Conversamos com as pessoas nas ruas e tem muita gente sabendo. Vamos ver como será.” Até sexta-feira à tarde, o Vem Pra Rua tinha confirmado atos em 85 municípios e o MBL, em 67. Em alguns deles, os grupos dividirão espaço entre si e com outros movimentos de menor expressão.