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Doria promete não aumentar impostos e nem a tarifa de ônibus em 2017

Prefeito eleito prometeu descontinuar o programa De Braços Abertos, na Cracolândia, e voltar a velocidade nas marginais ao que era antes da gestão Haddad

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 27 dez 2016, 15h16 - Publicado em 4 out 2016, 09h59

Um dia após ser eleito prefeito de São Paulo no primeiro turno, João Doria prometeu nesta segunda-feira, 3, que não aumentará impostos e vai manter congelada a tarifa de ônibus em 2017, mas não se comprometeu com a manutenção depois disso.

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“Não vamos mexer na tarifa no primeiro ano. Não haverá mudança nas taxas e impostos.” Questionado sobre os anos seguintes do mandato, ele disse que “provavelmente” também não haverá aumento mas deixou no ar a questão. “Cada dia, sua agonia.”

O tucano recebeu jornalistas na sede de seu comitê de campanha, na Avenida Europa, e falou sobre o cronograma da transição e as primeiras medidas que serão tomadas por seu governo. O coordenador político de sua campanha, Júlio Semeghini, será o responsável por abrir o diálogo com a administração de Fernando Haddad.

O prefeito eleito diz que não vai impor uma pauta a Haddad. “Tenho confiança que ele abrirá as informações.” O grupo de Doria fará a primeira reunião sobre o tema na tarde de hoje e, à noite, ele se encontrará com o governador Geraldo Alckmin e o vice Márcio França no Palácio dos Bandeirantes.

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Segundo o prefeito eleito, toda a estrutura de governo estará definida até o dia 30 de novembro. O espaço para a escolha dos nomes será o Centro de Estudos André Franco Montoro, local onde durante a campanha foi elaborado o plano de governo do então candidato.

A ideia de Doria é que, uma vez escolhido o secretariado, o grupo tenha um mês de convívio com representantes da atual gestão. O tucano já anunciou que vai cortar pelo menos sete das 27 secretarias que existem atualmente, mas não informou quais serão extintas.

Durante a campanha, Doria chegou a dizer que cortaria a Secretaria de Pessoas com Deficiência e de Igualdade Racial, mas depois voltou atrás em relação à primeira. Ele voltou a dizer que não será candidato à reeleição e pretende ficar os quatro anos no cargo.

O tucano também prometeu que não fará cortes na área da Saúde e disse que uma das primeiras medidas de sua gestão será implantar os Corujões da Saúde, nos quais quarenta hospitais privados atenderão pacientes do sistema público entre as 20 e 8 horas. Doria garantiu que haverá transporte público pra que as pessoas possam chegar aos locais. 

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Segundo ele, o custo do programa, que foi elaborado por uma equipe de especialistas coordenada pelo médico Milton Flávio, ex-presidente municipal do PSDB, será de 100 milhões de reais em doze meses. Apesar de dizer que não haverá loteamento de cargos no seu governo, Doria admitiu que aceitará “sugestões e indicações” de vereadores e lideranças políticas.

“Não vamos fazer partilha. Não tem jogo perigoso, nem toma lá da cá”, disse ele sobre a montagem de seu secretariado e subprefeitos, que na sua gestão se chamarão de prefeitos regionais. Ao longo da entrevista, que durou cerca de uma hora, Doria afirmou que o recado das urnas “é anti-PT”. “Isso está muito claro. O eleitorado rechaça de forma aguda o PT e também rejeitou a velha política.”

O candidato também falou que pretende privatizar o Anhembi e o Autódromo de Interlagos, mas garantiu que não haverá mudança de destinação deste último espaço, que continuará sendo usado para a prática do automobilismo. Ele também disse que pretende criar o Museu Ayrton Senna.

Sobre o Pacaembu, que ele classificou como o estádio mais amado pelos paulistanos, Doria disse que será feita uma concessão à iniciativa privada por dez ou quinze anos, mas prometeu que será mantido o acesso ao clube, de forma gratuita, aos moradores da região, como acontece hoje.

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Doria também prometeu que vai instalar câmeras para vigiar os monumentos públicos e, assim, evitar a depredação. Afirmou que irá “descontinuar” o programa Braços Abertos, na “Cracolândia”, que será substituído pelo programa Recomeço, do Estado. Também prometeu que, uma semana depois de tomar posse, determinará que a velocidade nas marginais volte a ser como era antes da gestão Haddad, ou seja, 60, 70 e 90 quilômetros por hora.

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