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Ciclovia à beira do Rio Pinheiros gera reclamações de ciclistas

Mais extensa da cidade, pista tem acessos insuficientes e trechos danificados, como um enorme buraco próximo à ponte Cidade Jardim

Por Tatiana Izquierdo
Atualizado em 1 jun 2017, 17h06 - Publicado em 23 jan 2015, 21h53

 

Paralela à linha 9 – Esmeralda da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), a ciclovia que margeia o Rio Pinheiros possui 21,2 quilômetros de extensão, o que faz dela a maior da capital. Atualmente, sua média de usuários é de 35 000 por mês. Aos domingos, a via recebe cerca de 3 800 ciclistas. Aos sábados, o número cai para 2 200. Durante a semana, 700 esportistas utilizam o percurso. No total, mais de 1,4 milhão de ciclistas já passaram por ali.

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A faixa só não é mais utilizada pelos paulistanos porque os pontos de acesso ainda são precários. “Muita gente gostaria de usá-la como meio de transporte porque trabalha no Morumbi, por exemplo, mas fica inviável. O acesso mais perto é o da Vila Olímpia. O próximo, só na estação João Dias”, reclama a jornalista Cáren Nakashima, que utiliza a ciclovia em dias de lazer.

Atualmente, os bikers contam com seis acessos para a ciclovia: um pela Avenida Miguel Yunes, quatro junto às estações Santo Amaro, Jurubatuba, Vila Olímpia e Cidade Universitária e outro pela ciclopassarela próxima da ponte Cidade Jardim. Um sétimo acesso está em execução e contempla a ligação da ciclovia ao Parque Villa-Lobos. Tem previsão de entrega para o segundo semestre deste ano.

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O funcionamento das pistas é diário, das 5h30 às 18h30. Em épocas de horário de verão, funciona até 19h30.

Desvio indesejado

Nesta semana, os usuários que pedalaram pela ciclovia da Marginal Pinheiros precisaram desviar de um enorme buraco que se abriu no sentido bairro, entre as pontes Cidade Jardim e Eusébio Matoso. A CPTM informou que o problema se deu por causa de um vazamento na tubulação da Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo (Sabesp) e ocasionou a enorme cratera na pista.

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Para evitar acidentes, cones sinalizam o local do buraco. Os ciclistas podem utilizar apenas um trecho da faixa. A Sabesp informou, por meio de comunicado, que o conserto deve ser feito até sábado (24), com a instalação de um novo conjunto moto bomba.

Ciclovia Raposo Tavares
Ciclovia Raposo Tavares ()

Outra manutenção é realizada em um trecho que compreende 8 quilômetros desde a Vila Olímpia até a ponte Cidade Jardim. Em função das obras da linha 17-Ouro do metrô, a pista foi interditada e foram pavimentadas vias na outra margem do Rio Pinheiros. Assim, os ciclistas podem acessar as novas pistas pelas pontes João Dias e Cidade Jardim. Pela restrição do espaço, que é uma alternativa provisória, foram construídas escadas.

Sem contar este problema pontual, as vias do longo trecho não apresentam grandes problemas. “Trata-se de um local muito agradável, o piso ainda é bom e dá para chegar até o Guarapiranga por ela, em terreno plano”, diz Cáren. “No geral, melhor tê-la do que não tê-la.”

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Capivaras à vista

A conservação da ciclovia compreende não só o cuidado com o asfalto. Ela deve se estender também para a limpeza. Durante o trajeto é possível ver famílias de capivaras nas margens, vivendo tranquilamente em meio ao caos urbano da cidade. Usuários relatam que as fezes dos animais ficam espalhadas no meio da ciclovia porque os animais circulam por toda a parte.

“Durante meus passeios, nunca cruzei com nenhuma capivara nas pistas, mas na margem do rio sim. Inclusive, já vi uma morta, o cheiro era horrível. Falta ter o cuidado com os bichos, o espaço ali é deles, nós que invadimos. Se eu vir alguma capivara na pista eu desvio sem problemas. Se for preciso, paro e afasto-a do trajeto”, conta o gerente de compras Leonardo Oliveira.

A assessoria de imprensa da CPTM informou que a limpeza da ciclovia é feita diariamente e que as capivaras estão em seu habitat natural e que defecar nas pistas é um ato instintivo de conservação da grama, que lhe serve de alimento.

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Mau cheiro

O trajeto só não é mais agradável por conta do mau cheiro do Rio Pinheiros. “Andei duas vezes. Não voltei mais porque a experiência do cheiro do rio não é muito boa”, diz Leonardo. Em dias mais quentes, o odor se mostra bem mais forte.

Nem tudo está perdido

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Fora isso, é possível ver beleza e encontrar pontos positivos no passeio pela ciclovia. A vista é agradável, com todo o trecho bem arborizado. Por ser totalmente linear, o percurso não fica cansativo. O ciclista consegue ir do Parque Villa-Lobos até o Guarapiranga em aproximadamente duas horas, em pedalada normal. Para quem prefere utilizar a pista para treinos, não encontra problemas com obstáculos ou subidas, facilitando a vida do paulistano.

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Outro diferencial da ciclovia são os seis pontos de apoio com banheiro, bebedouro e atendimento, localizados ao longo do percurso. Além disso, há um estacionamento para carros com 49 vagas, no acesso pela Avenida Miguel Yunes.

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