Ciclovia da USP tem apenas 10% do tamanho previsto
Dos 26,2 quilômetros prometidos, só 2,3 km foram pintados até agora
Previsto para ser concluído no primeiro trimestre deste ano, o projeto de rede cicloviária e sistema de empréstimos de bikes na Cidade Universitária da Universidade de São Paulo (USP) não deslanchou. Dos 26,2 quilômetros prometidos, só 2,3 km foram pintados até agora. E não há previsão para a instalação do restante da estrutura.
A demanda pela criação de uma rede do tipo na universidade é antiga e já existiram outros projetos. O último deles foi anunciado em 2015 pela prefeitura do câmpus. A justificativa da Superintendência de Espaço Físico (SEF) da universidade é que há “falta de consenso em relação à adequação do plano”. Hoje, a USP passa por grave crise financeira.
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Enquanto o projeto não sai do papel, parte dos estudantes reclama da falta de segurança por ter de dividir o espaço com carros e ônibus. O aluno de mestrado em Inteligência Artificial Victor Jatobá, de 27 anos, pedala diariamente na Cidade Universitária desde que começou o curso, neste ano. “Não sabia desse projeto de ciclovia. Às vezes é bem perigoso andar por aqui, perto de tantos veículos. Algumas pessoas não respeitam e acabam ‘fechando’ os ciclistas”, disse.
O estudante mora perto da universidade, no Butantã, e diz que, como não há ônibus que passe na porta de sua casa, o melhor é ir a pé ou de bike.
De janeiro a agosto, foram registrados 6 acidentes com o envolvimento de ciclistas, 19 furtos e 4 roubos de bicicletas. Para evitar os atropelamentos, parte dos ciclistas também usa a calçada para fazer seus trajetos na universidade, o que pode causar acidentes.
O projeto também prevê a criação de estações de empréstimo de bicicletas. Serão 36 estações no câmpus, com 360 bicicletas disponíveis, 24 horas. O modelo será batizado de Pedalusp, nome do projeto de compartilhamento de bicicletas testado no câmpus em 2011 e 2012.