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Auditório que pegou fogo não tinha alvará de funcionamento

De acordo com a Prefeitura, documentação que autoriza funcionamento do auditório Simón Bolívar estava irregular desde 1993; fundação do Memorial contesta informação

Por Redação VEJASAOPAULO.COM
Atualizado em 5 dez 2016, 15h25 - Publicado em 30 nov 2013, 11h09

O auditório Simón Bolívar, que pegou fogo na tarde da última dexta-feira (29), dentro do complexo do Memorial da América Latina, não tinha alvará de funcionamento. Segundo a Prefeitura, a documentação estava irregular desde 1993.

A Fundação Memorial da América Latina contestou a informação e, em nota à imprensa no fim da tarde de sábado (30), divulgou o auto de vistoria do Corpo de Bombeiros (válido até 13 de dezembro de 2014) e permissão emitida em maio deste ano pelo Departamento de Controle do Uso de Imóveis. “A Prefeitura atestou que o auditório atendeu todas as exigências no sentido de preservar as condições de segurança do uso do local”, diz o texto. “As causas do incêndio e o impacto na estrutura do edifício serão objeto de análise, respectivamente, pela Polícia Técnico Científica do Estado e pela Defesa Civil do município”.

As chamas começaram pouco antes das 15 horas. De acordo com funcionários da Fundação Memorial, o prédio ficou sem luz por volta das 14 horas, quando foram informados de que havia um curto-circuito no teto do salão da plateia B. Pouco tempo depois, a fumaça começou a ser vista.

O incêndio deixou pelo menos onze bombeiros feridos. Na manhã deste domingo (1), quatro deles permaneciam internados na UTI do Hospital das Clínicas, já em situação estável. Nenhum deles corre risco de morte.

O resultado da perícia feita pela Defesa Civil no sábado (30), em parceria com o Corpo de Bombeiros, sobre as possíveis causas do acidente, deve ser revelado nesta segunda-feira (1). Até lá, o espaço segue lacrado.

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Também na próxima semana, o corpo diretivo do Memorial da América Latina deve se reunir para debater as condições de reconstrução do auditório, assim como o destino e calendário das atividades que estavam previstas para acontecer ali.

Segundo a assessoria de imprensa do Memorial, após essas decisões, o presidente João Batista de Andrade deve entrar em contato com a artista Tomie Ohtake para negociar a reconstrução da sua tapeçaria de mais de 800 metros quadrados que enfeitava o espaço e foi destruída pelo fogo. 

Fundado em 1989, o Memorial da América Latina é uma das principais obras de Oscar Niemeyer na cidade.

– Apresentações canceladas

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Atrações que aconteceriam no Memorial da América Latina no final de semana de 30/11 e 1/12 tiveram que ser canceladas.

O Circo Zanni, com sua tenda erguida no local, cancelou quatro apresentações que aconteceriam entre sábado (30) e domingo (1).

Também foi prejudicado 7º Encontro Paulista de Hip Hop, que aconteceria no Memorial da América Latina neste sábado (30). O evento será adiado, ainda sem data prevista para sua realização.

Em respeito ao público, será mantida uma curta apresentação da americana MC Mahogany Jones e da DJ Simone Lasdenas, às 15h, na Praça Cívica do Memorial.

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