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Artesão da Zona Leste confecciona anéis com gravuras de batalhões da polícia

As peças são vendidas na loja on-line chamada <em>Senhor dos Anéis Joias</em>

Por Mariana Rosário
Atualizado em 5 dez 2016, 12h19 - Publicado em 27 jun 2015, 00h00

No bairro de Aricanduva, quinze quilômetros a leste do marco zero da capital, um paulistano se apresenta como Senhor dos Anéis, apelido emprestado da saga literária de J.R.R.Tolkien. No lugar dos cavaleiros da Terra-Média, vão ao encontro do artesão Agnaldo José dos Santos policiais civis, militares e federais. Ele costuma ficar nos fundos do imóvel de dois dormitórios, concentrado entre lixas e espátulas, para esculpir joias de prata ornamentadas com emblemas de corporações como a Cavalaria e a Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota). “Tento reproduzir ao máximo o símbolo de cada grupo”, orgulha – se.

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Operário em fábricas do ramo desde a década de 90, passou a trabalhar por conta própria após o nascimento da filha, há onze anos. Em 2014, fez a cópia do anel adornado com o brasão da PM de um policial responsável pela segurança na escola da menina. “ Vários colegas dele quiseram um igual.” Graças à propaganda boca a boca, contabiliza ter confeccionado mais de 200 unidades. A Força Tarefa Brasileira, com homens de grupamentos diversos, comprou cinco e agora pede um lote de 150. Só no 3º Batalhão de Choque foram vinte. O apelido literário, aliás, saiu de lá. “Quando eu entrei, disseram que ‘o Senhor dos Anéis’ tinha chegado. Gostei e adotei o nome”, explica ele, que não teve “paciência” para assistir à trilogia no cinema. “Comecei a ver, mas parei na metade.

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”As peças custam de 170 a 250 reais —o maior lucro mensal, até agora, foi de 5 000 reais. Para incrementar o negócio, ele criou a loja virtual senhordosaneisjoias.com, na qual aceita encomendas. Avisa, porém, que pergunta ao cliente se ele de fato faz parte da polícia. “Não pode ser igual a camisa de time,  disponível para quem quiser”, ressalta. Mas como tirar a prova? “Costumo pedir o número da carteira funcional, mas, se a pessoa fala que é PM, vou duvidar?”

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O contato com os profissionais do meio é um desafio para sua mulher, Tânia ,que nas horas vagas do emprego em uma loja virtual de bijuterias cuida de responder aos e-mails em nome do marido. “Eu escrevia tudo direitinho, então o Agnaldo pediu que eu falasse como homem, com gírias”, relata. “Senão, pega mal”, justifica ele. A PM não pensa em pedir direitos autorais. “Iniciativas assim são muito positivas. Vemos como homenagem”, resume o major Emerson Massera, porta-voz da instituição

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