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Aeromoça que virou modelo processa TAM por assédio moral

Desempregada, comissária aceitou posar nua para revista masculina; uniforme justo teria motivado a demissão

Por VEJA SÃO PAULO
Atualizado em 5 dez 2016, 14h03 - Publicado em 24 set 2014, 13h31

Sessenta quilos, 1,66 metro de altura, 103 centímetros de quadril e farto cabelo loiro. A comissária de bordo Jaqueline Jatai, de 27 anos, alega que esses foram os motivos que culminaram em sua demissão da TAM Linhas Aéreas há dois anos, onde trabalhou de 2010 a 2012. Uma supervisora de voo teria criticado o seu uniforme por estar muito justo, mandando-a sair do avião. “Minha roupa era igual a de todas. Meu biotipo é que chama a atenção.”

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Jaqueline afirma ter saído de férias duas semanas após a confusão, sendo demitida assim que retornou às atividades. O drama da aeromoça só veio a público agora, uma vez que seus atributos físicos estarão na capa da edição de outubro da revista Sexy. O tema do ensaio sensual é aviação.

A companhia aérea está sendo processada desde novembro de 2013 pela comissária por assédio moral e doença decorrente do trabalho. Segundo a advogada que representa Jaqueline, Cintia Yázigi, ela sofria bullying dos colegas por ser bonita. E, antes mesmo do incidente com a supervisora, teria começado a fazer tratamento por depressão. “Já solicitei laudos médicos para provar isso”, informou a advogada.  A ação está na 21ª vara trabalhista de São Paulo. A próxima audiência acontece em março de 2015.

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Criada em Cidade Tiradentes, na Zona Leste, Jaqueline conta que sempre sonhou em ser comissária de bordo. Apesar de não falar inglês, fez a escola de aviação por um semestre e conseguiu ser contratada após um ano. Na TAM, atuava em rotas nacionais e em países do Mercosul. A beleza nunca causou constrangimento com passageiros. “Cantadas e investidas de homens aconteciam no avião como em qualquer outro lugar. Nada que eu não soubesse lidar.”

O problema, segundo ela, era a reação dos colegas que se incomodavam com o seu corpo curvilíneo e até a franja que usava de lado e caía sobre o rosto. “Eu sou bonitinha, mas nunca usei a beleza para conseguir nada. Subi na vida pelo que sou.”  Apesar de estar processando a antiga empresa, ela afirma ser grata à TAM. “Graças a ela comprei meu carro, ajudei minha mãe e conquistei minha independência financeira.”

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Após ser demitida, Jaqueline procurou emprego em outras companhias aéreas, mas não conseguiu. Atualmente, faz trabalhos como modelo e não acredita que o ensaio nu possa lhe atrapalhar a voltar a voar. “Eu não me vejo como uma ex-comissária. Ainda tenho autorização para voar. A aviação vive dentro de mim.”

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A TAM Linhas Aéreas confirma que Jaqueline Jatai é ex-funcionária, mas informou que não comentará o caso porque envolve um processo trabalhista.

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