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Sob nova gestão, Zoológico de São Paulo terá ingresso pela internet e foodtruck

No Jardim Botânico, será reaberta a Trilha da Nascente, caminho suspenso sobre a mata nativa de 360 metros

Por Pedro Carvalho
26 nov 2021, 06h00

O Zoológico de São Paulo entrou para a longa lista de patrimônios da cidade que foram entregues à gestão privada nos últimos três anos — nela também figuram Parque Ibirapuera, Estádio do Pacaembu, Complexo do Anhembi, Mercado Municipal e outros ícones paulistanos.

Imagem mostra lago com vitória-régias, palmeiras ao centro e uma mata na outra margem.
Jardim Botânico: área também será administrada pela iniciativa privada. (Alexandre Battibugli/Veja SP)

A partir de dezembro, tanto o zoológico como os vizinhos Jardim Botânico e Zoo Safári serão administrados pelo consórcio Reserva Paulista, um grupo de empresas que tem à frente a LivePark, especializada na operação de arenas e eventos.

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O consórcio vai explorar comercialmente essas três joias da paisagem da cidade — a área verde que ocupam mede quase o dobro do Ibirapuera — pelos próximos trinta anos. Pagou 121 milhões de reais ao governo do estado e se comprometeu a investir mais 300 milhões nos parques em cinco anos.

Embora seja um passeio agradável, o zoológico deixa a desejar na estrutura e nos serviços. Não vende ingressos pela internet, o que causa filas nos fins de semana e feriados (na foto abaixo, uma cena do último 7 de Setembro). Faltam placas de sinalização, e os visitantes precisam perguntar uns aos outros para que lado fica o leão ou a girafa — bem, a girafa é fácil de encontrar.

As lanchonetes são especializadas em comida não saudável: nuggets, salsichas, batata frita… “Se trouxesse meu filho aqui, eu traria comida de casa”, diz Heraldo Evans, sócio e chefe de marketing da LivePark.

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Imagem mostra aglomeração de pessoas em fila na calçada.
Fila no 7 de Setembro: venda de ingressos passará a ser on-line. (Reserva Paulista/Divulgação)

A nova gestora promete um pacote de melhorias básicas nos próximos noventa dias — chamado internamente de quick wins, ou vitórias rápidas. A venda de ingressos pela internet será uma das primeiras, bem, novidades (chamemos assim). O zoológico também vai ganhar reformas na estrutura e no paisagismo.

Terá placas de sinalização, novos bancos e bebedouros, banheiros mais modernos, deques de piquenique, pinturas e câmeras de segurança. Enquanto restaurantes novos não chegam, a concessionária vai instalar food trucks pelo passeio.

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Outra mudança (não no zoológico, mas no Jardim Botânico, ao lado) é a reabertura da Trilha da Nascente, um caminho suspenso de 360 metros sobre a mata nativa até o início do Córrego Pirarungáua, formador do Riacho do Ipiranga, assunto na pauta de 2022 devido ao bicentenário da Independência.

Também será possível comprar um passaporte para as três atrações — zoológico, jardim e safári. (Custam, respectivamente, 59, 10 e 45 reais.) “Nos primeiros noventa dias, não aumentaremos os preços. Depois, vai depender de estudos”, afirma Evans. Grupos de escolas públicas seguirão com acesso gratuito.

Imagem mostra homem com as mãos sobre banco de madeira, em pé, com uma árvore e uma mata no fundo.
Heraldo Evans: sócio e chefe de marketing da LivePark. (Alexandre Battibugli/Veja SP)

A concessionária não quer apenas vender ingressos, mas assinar acordos com patrocinadores. Busca mudar a imagem do zoológico: não mais um lugar de exibição, mas de conservação, reprodução, ensino e pesquisa sobre a fauna — o que, de fato, acontece ali. O “choque de gestão” do início do ano vai custar só 5 milhões de reais, dos 300 milhões prometidos em melhorias.

“O grosso será para mudar os biomas onde vivem os animais”, diz Evans. “Precisam ser maiores, mais bonitos e ter experiências imersivas”, afirma. O consórcio se comprometeu a conseguir o certificado de bem-estar animal da Associação de Zoológicos e Aquários do Brasil (Azab). “Estamos no processo, próximos do ideal”, diz Mara Cristina Marques, presidente da Azab e bióloga do zoo paulistano. “Em breve, vamos soltar na natureza cinco araras-azuis-de-lear nascidas aqui”, ela diz.

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Publicado em VEJA São Paulo de 01 de dezembro de 2021, edição nº 2766

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