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SP-Arte estreia feira com foco em obras fora do eixo São Paulo-Rio

"Rotas Brasileiras" vem para dar lugar e ampliar a tradicional SP-Foto e acontece de quarta (24) a domingo (28) na Arca

Por Júlia Rodrigues
Atualizado em 28 nov 2022, 12h39 - Publicado em 19 ago 2022, 06h00

Uma nova feira é o que apresenta a SP-Arte, produtora responsável pela mostra homônima que acontece na cidade desde 2005 e é considerada um dos maiores eventos para a comercialização de trabalhos artísticos na América Latina. A Rotas Brasileiras, que acontece de quarta (24) a domingo (28), na Arca, galpão industrial de quase 9 000 metros quadrados na Vila Leopoldina, vem dar lugar e ampliar a tradicional SP-Foto, que destacava a fotografia nacional. No espaço, estarão setenta expositores, entre eles galerias veteranas e emergentes e projetos convidados.

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Em busca de uma imersão além do eixo São Paulo-Rio e da valorização de iniciativas regionais, a exibição, que deve ser anual, dá visibilidade a projetos de diferentes estados, das cinco regiões do país, e abarca não só a fotografia, mas múltiplas linguagens. “A feira tem como eixos mais importantes os artistas indígenas, negros, populares e as artistas mulheres. Reunimos obras do início do modernismo até os dias atuais, abrangendo praticamente 100 anos de produção brasileira”, explica Fernanda Feitosa, diretora da SP-Arte.

Um dos nomes selecionados é o grupo PREAMAR, de artistas do Maranhão. Nesse estande, Silvana Mendes expõe Afetocolagens — Reconstruindo Narrativas Visuais de Negros na Fotografia Colonial, Série II (2022), colagem produzida a partir do registro de uma mulher escravizada do século XIX. Galerias como Almeida & Dale, Paulo Kuczynski, DAN Galeria, HOA, Luisa Strina, Vermelho e VERVE também levam seu acervo. A Millan exibe, entre outros trabalhos, a tela Os Avós das Aves (2021), do artista indígena Jaider Esbell (1979-2021). “Queremos mostrar o Brasil de Jaider Esbell, que também já foi um Brasil de Volpi e de Portinari”, diz Fernanda Feitosa.

Colagem feita a partir de retrato de mulher negra escravizada
Arte do Maranhão: a colagem de Silvana Mendes, uma das artistas a integrar o projeto PREAMAR, busca dar novos significados a retrato de mulher escravizada (Silvana Mendes/PREAMAR/Divulgação)

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Novidades também estão na programação, como a Galatea, galeria de Antonia Bergamin, Conrado Mesquita e Tomás Toledo, ex-cura dor do Masp, fundada em junho no Jardim Paulista. Na área externa, acontece ainda a exposição Brasilidade Tridimensional, com esculturas de grandes criadores brasileiros, como Francisco Brennand (1927-2019) e Tomie Ohtake (1913-2015). Em paralelo, o State, prédio vizinho ao galpão, é sede da terceira edição da exibição gratuita Pupila Dilatada, com obras que unem arte e tecnologia.

Arca. Avenida Manuel Bandeira, 360, Vila Leopoldina, ☎ 3645- 4258. Qua. (24) a sáb. (27), 12h/20h. Dom. (28), 11h/19h. R$ 50,00 (crianças de até 10 anos não pagam). Ingressos vendidos on-line. sp-arte.com.

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Publicado em VEJA São Paulo de 24 de agosto de 2022, edição nº 2803

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