Cinco obras nada convencionais que você encontra na SP-Arte/Foto 2015
Feira de fotografia reúne 31 galerias no Shopping JK Iguatemi até domingo (23)
Ao contrário do que se pode imaginar, uma feira de fotografia não consiste apenas em imagens emolduradas no seu formato mais convencional. Na SP-Arte/foto, que acontece até o próximo domingo (23), no Shopping JK Iguatemi, a fotografia aparece nos mais diversos suportes e faz parte de criativas instalações. O evento reúne cerca de 400 artistas de 31 galerias brasileiras e, agora em sua 9ª edição, a mais importante feira dedicada à fotografia apresenta dezenas de trabalhos que questionam e extrapolam os limites desta arte.
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No estande da curitibana SIM Galeria, todas as obras expostas são apresentadas em suportes não convencionais, como a instalação de Isidro Blasco. Imagens de prédios clicadas pelo artista espanhol viram verdadeiras cidades tridimensionais, quando colocadas em suportes de madeira.
A artista mineira Marcia Xavier criou grandes objetos óticos como suporte para sua fotografias. Tiradas de visões aéreas de locais como o Parque do Povo, os registros são inseridos em grandes caleidoscópios, intitulados Lunetas. As obras podem ser conferidas no estande da galeria paulistana Casa Triângulo.
No trabalho de Celina Portella, a fotografia é apresentada em fusão com a performance. A artista carioca retrata a si mesma em diversas posições, e as emoldura em espaços triangulares, dando a impressão que está presa no quadro. A obra está instalada rente ao chão e ao teto do estande da Carbono Galeria, o que dá um tom ainda mais bem-humorado à obra.
Na feira, até o post-it virou suporte para a fotografia: os bloquinhos amarelos tornaram-se papel de impressão de fotografias em preto e branco, que remetem a cenários antigos. A artista Íris Helena faz jus aos papeizinhos usados para breves lembretes, e dá à obra o título de Notas de Esquecimento. O trabalho faz parte do estande da galeria carioca Portas Vilaseca.
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Técnica muito utilizada no século XIX, o daguerreótipo está presente na SP-Arte/Foto em dois estandes: FASS, com obras do carioca Francisco Moreira da Costa, e na Galeria Rabieh, que expõe itens de Cris Bierrenbach. Estes artistas são os únicos brasileiros a utilizarem o método, que consiste em uma imagem gravada em uma placa de metal. O material utilizado é raro e químico, e seu processo de produção não poderia ser mais meticuloso. Na série Esquecidos, de Cris Bierrenbach, 49 daguerreótipos foram criados a partir de imagens tiradas pela artista após o terremoto que atingiu o Haiti, em 2010.