Pedro Burmester faz apresentação gratuita na Sala São Paulo
O pianista português fala sobre o repertório e as expectativas para o concerto, que ocorre nesta quinta (21)
Considerado um dos grandes pianistas da nova geração, o português Pedro Burmester está ao Brasil e realiza única apresentação na Sala São Paulo nesta quinta (21), às 20h30, com entrada gratuita. Sujeito à lotação, os ingressos começam a ser distribuídos duas horas antes do início do concerto.
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No repertório, o músico investirá em peças clássicas de Bach, Shubert, Chopin, Villa-Lobos, entre outros. Em um número especial, feito em dois pianos, ele vai dividir o palco com o brasileiro Pablo Rossi.
Burmester toca profissionalmente desde os 10 anos e já participou de eventos de grande importância no segmento erudito, como o La Roque d’ Anthéron, na França, e o Gewandhaus de Leipzig, na Casa Beethoven, Alemanha. Traz ainda na bagagem parcerias com os maestros Manuel Ivo Cruz, Miguel Graça Moura, Omri Hadari, Lothar Zagrosek, Michael Zilm, Frans Brüggen e Georg Solti.
Com três CDs solo lançados, Pedro alia suas performances com as aulas que comanda em escolas de música e na Universidade de Aveiro, todas em Portugal. Confira abaixo a entrevista com o artista:
VEJASÃOPAULO.COM — Como foi a escolha do repertório?
Pedro Burmester — Escolhi compositores alemães, já que é impossível fugir deles na música clássica. Vou tocar Schumann, Bach e Beethoven, Villa-Lobos, Bernardo Sassetti e Aaron Copland. Espero que o público brasileiro goste.
Elegeu alguma peça especialmente para o Brasil?
A de Bernardo Sassetti, que faleceu tragicamente em maio do ano passado, pouco tempo depois de eu ter tocado com ele em São Paulo.
Já conhecia o trabalho de Pablo Rossi? O que prepararam para o especial?
Sim, já o conhecia. Ele é colega de um aluno meu. Com certeza, promete ser um grande nome do piano brasileiro. Preparamos Suite Scaramouche, de Darius Milhaud, e Danças Húngaras, de Brahms. Faremos com dois pianos.
Admira algum compositor brasileiro?
É difícil escolher entre tantos e tão bons. Villa-Lobos, Gismonti, Tom Jobim, Elis Regina e Chico Buarque, por exemplo.
Quais são suas maiores influências na música clássica e o que não pode faltar em sua apresentação?
Acredito que Bach, o homem que escreveu o “novo testamento” da música.