Pecinhas do bem: paulistana cria marca de quebra-cabeças feminista
A colecionadora Daniela Petroni transformou o hobby com o consagrado passatempo em negócio e destina parte das vendas a ONGs que apoiam mulheres
Cansada de encontrar à venda nas lojas nacionais apenas quebra-cabeças que retratam paisagens bucólicas, pontos turísticos ou animais, Daniela Petroni, 47 anos e apaixonada pelo passatempo há trinta, resolveu criar a própria marca com ilustrações originais, a Puzzle Me.
Atuando na área de eventos, Daniela entrou no mercado das pecinhas pelo mundo corporativo — atendeu o festival Lollapalooza e a companhia Cirque du Soleil, que encomendaram pequenos quebra-cabeças de 48 peças para presentear clientes — mas em 2020, no auge da pandemia de Covid-19, percebeu a oportunidade de vender de forma on-line o brinquedo a quem estava em isolamento e procurava um hobby para se distrair.
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A última coleção da Puzzle Me faz parte do Projeto Mulheres e é estampada com desenhos de artistas femininas independentes. A empreendedora converte 5% do valor de cada quebra-cabeça vendido às instituições de empoderamento feminino Instituto Rede Mulher Empreendedora (Irme) ou Fala Mulher, que atua no combate à violência doméstica.
Sonho de Mar, da artista argentina Eva Uviedo, ou Lola, da paulistana Alê Cota, ambos com 500 peças (89,90 reais), são algumas das principais obras, com tiragens limitadas. Também fazem parte do catálogo retratos de Frida Kahlo (38 a 105 reais), “cartões” montáveis de Feliz Aniversário (35 reais) e quebra-cabeça para colorir em forma de mandala, com 48 peças (55 reais), incluindo doze canetinhas hidrocor para pintar como quiser após a montagem. “Escolho os quebra-cabeças que também podem ser usados como arte na parede”, conta Petroni. Moldura para as versões de 500 peças estão disponíveis no site por 120 reais. Os produtos são enviados em uma lata reaproveitável, com fechamento hermético. A partir de novembro deste ano serão lançadas novas ilustrações em puzzle-me.com.br.
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Publicado em VEJA São Paulo de 10 de novembro de 2021, edição nº 2763