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Versão original de “A Pequena Sereia” é apresentada neste fim de semana

Espetáculo em cartaz no HSBC Brasil conta história fiel ao texto de Hans Christian Andersen, bem diferente da releitura da Disney

Por Bruna Ribeiro
Atualizado em 5 dez 2016, 16h17 - Publicado em 22 fev 2013, 13h51

Na releitura da Disney de A Pequena Sereia, Ariel e o príncipe se casam no final. Mas não é o que acontece na obra de Hans Christian Andersen. No texto original, a personagem principal não consegue conquistar o amado e  se transforma metaforicamente em espuma do mar, ao jogar-se de um barco. Assim termina o espetáculo em cartaz no palco do HSBC Brasil neste sábado (23) e neste domingo (24).

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Com quinze atores, doze cenários diferentes e 120 figurinos, a montagem usa efeitos especiais para contar a verdadeira história de Ariel. A protagonista, Anna Saab, de 31 anos, conta que o fim inusitado desperta a curiosidade das crianças e emociona os pais. Cada espectador entende de um jeito, dependendo da idade. “É uma coisa lúdica, contada de forma bonita e emocionante. Um verdadeiro conto de fadas”, diz. “As histórias reais acabam ficando esquecidas, por causa das famosas adaptações da Disney.” Confira abaixo trechos da entrevista com a atriz:

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VEJASAOPAULO.COM – Como surgiu a ideia de montar A Pequena Sereia, respeitando o texto clássico de Hans Christian Andersen?

ANNA SAAB – Tenho o sonho de montar essa peça há seis anos. Quando pensei em convidar o Vladimir Capella para escrever, percebi que não daria para considerar a versão da Disney, porque ele faz coisas com finais mais inusitados. Não tem nada a ver com a Disney. Por isso decidi realmente fazer o espetáculo de Andersen. Foi uma batalha. Ficamos quatro anos para captar recursos e finalmente em 2011 conseguimos. Fizemos apresentações fora de São Paulo e agora estreamos na cidade, no HSBC.

Qual é a reação das crianças e dos pais ao perceberem que a versão é diferente da mais conhecida?

É muito legal.. A criança fica questionando o que aconteceu no final. Algumas acham que a Ariel voltou para o mar, porque ela pula do barco. Outras entendem que ela vira espuma. Já os adultos e adolescentes captam melhor a mensagem, que ela morreu, embora a gente não use essa palavra. De qualquer forma, não é um final triste. É uma coisa lúdica, contada de forma bonita e emocionante. É um verdadeiro conto de fadas. As histórias reais acabam ficando esquecidas, por causa das famosas adaptações da Disney.

Como é montada a peça?

Não fizemos um musical e sim uma peça musicada. Eu canto a primeira canção e danço uma coreografia. O resto é musicado, baseado em uma trilha linda de André Cortada, especialmente feita para o espetáculo.

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É também a produtora do espetáculo?

Sim. Eu tenho uma produtora, a APS Produções. Este é o segundo infantil que faço. Em 2010, montei Max e Os Inimigos Invisíveis. Levamos 30 mil crianças ao teatro, mostrando a importância de lavar as mãos.

Tem novos projetos infantis encaminhados?

Tenho um infantil para o segundo semestre, mas é surpresa. Só posso dizer que é um texto francês, que estamos trazendo para o Brasil. 

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