Nasi mostra novo disco em duas noites com Erasmo Carlos
Aos 51 anos, ex-líder do Ira! mostra terceiro álbum-solo, <em>Perigoso</em>, no Sesc Vila Mariana
Ozzy Osbourne, Keith Richards e Steven Tyler são alguns ícones do rock que, nos últimos anos, tiveram a sua vida explorada por meio de biografias — recheadas de excessos, brigas, polêmicas e confissões. Após ser procurado por uma editora, Marcos Valadão, o Nasi, de 51 anos, seguiu caminho semelhante e liberou a publicação de A Ira de Nasi (Belas Letras; 320 páginas; R$ 34,90).
+ Ingressos para o primeiro show estão esgotados
Lançado em setembro, o livro escrito a quatro mãos pelos jornalistas Mauro Beting e Alexandre Petillo traz, além dos assuntos de praxe, os bastidores do fim do Ira!, grupo liderado pelo vocalista ao longo de 26 anos (entre 1981 e 2007).
Dois meses depois, ele colocou nas prateleiras o seu terceiro trabalho-solo: Perigoso. Com referências de rock, blues e folk, trata-se de uma espécie de capítulo musical da obra. “Remexer na minha história contaminou as músicas desse disco”, conta. “Oitenta por cento das faixas poderiam servir de trilha para as partes mais quentes da biografia.”
No Sesc Vila Mariana, o cantor mostra o repertório do novo CD ao lado de Johnny Boy (baixo), Evaristo Pádua (bateria), André Youssef (teclados), Nivaldo Campopiano (guitarra) e Ricardo Bento (metais). Erasmo Carlos faz participação em É Preciso Dar um Jeito Meu Amigo e Dois Animais na Selva Suja da Rua.
Atualmente, Nasi realiza uma média de oitenta shows por ano e diz não sentir falta das extensas turnês e da convivência com os antigos parceiros de banda. “O Edgard Scandurra era infantil, queria que a maior parte das composições dos discos fosse dele. Agora, se eu quiser, posso gravar só moda de viola ou canções sobre astronautas”, afirma. O tempo livre possibilita ao roqueiro assumir outros compromissos, como o programa de televisão Nasi Noite Adentro (nome provisório), com previsão para entrar no ar em maio no Canal Brasil.
Em frente às câmeras, ele se propõe a descobrir coisas inusitadas na madrugada da cidade. “Iremos a um restaurante na Liberdade especializado em refeições para lutadores de sumô, por exemplo.”