Nasi
- Recomendação: 18 anos
Resenha por Juliene Moretti
Entre altos e baixos, Nasi se mantém de pé. Em 2009, o cantor passou a seguir Baba King, um guia espiritual. De lá para cá, lançou sua autobiografia, fez mea-culpa, e voltou para a música com o disco Perigoso (2013), o terceiro da carreira-solo, lançado apenas digitalmente. Deu continuidade à jornada com o mais recente EGBÉ, com músicas do CD anterior em novas versões e outras inéditas. Com o rock and roll bem marcado, a curiosidade do disco vem das letras. Nasi abusa de citações religiosas e místicas, como o próprio nome do CD, referência a uma comunidade do candomblé. A temática se faz presente na roqueira Ori, na qual insere um refrão intenso com um cântico da religião, na country rock Amuleto e na composição que encerra o trabalho, Egbe Onire (que traz um funk setentista bem brasileiro). Entraram na seleção também a regravação de Alceu Valença, Sol e Chuva, com um berimbau no arranjo, e sua versão bluegrass para Rubro Zorro, composição do Ira!, no disco Psicoacústica (1988). A homenagem a São Paulo aparece na bem construída Não Vejo Mais Nada em Você. Ele mostra esse trabalho na apresentação com Evaristo Pádua (bateria), André Youssef (teclados), Digão (guitarra) e Johnny Boy (contrabaixo) na banda de apoio. Dia 15/4/2016.