Francisco Goya é destaque entre as exposições do final de semana
Espanhol tem gravuras expostas na Caixa Cultural
Tamanho não é documento: a pequena coleção de gravuras de Francisco Goya na Caixa valem a ida até o centro. Outras duas exposições, de Berna Reale e Lia Chaia, mostram a força do corpo feminino em performances registradas em fotos e vídeos.
Francisco Goya, na Caixa Cultural
Monstros voadores, ratos que conspiram e pessoas de duas cabeças compõem os cenários macabros e surreais das últimas gravuras assinadas por Francisco Goya (1746-1828). Feitos entre 1815 e 1820, os vinte exemplares da série Loucuras Anunciadas/Disparates foram publicados em uma edição póstuma — em vida, o espanhol tinha medo de ser perseguido pelo regime absolutista de Fernando VII.
A artista Berna Reale é perita criminal. Em seus vídeos, já carregou ossos, correu com uma tocha olímpica por um presídio e navegou em uma gôndola sobre um rio poluído. Depois de denunciar um superior por agressão, ela criou a exposição Vão. Dois vídeos registram movimentos contínuos realizados em meio a homens que trabalham num curtume e numa fábrica de gelo.
Lia Chaia, na Galeria Vermelho
As grandes estrelas da exposição Pulso, da paulistana Lia Chaia, são os dezoito vídeos exibidos na sala de cinema da Galeria Vermelho. Os filmes mostram ações realizadas por ela desde 2000. Em Glam, por exemplo, a artista, nua e grávida, gira sobre confetes brilhantes para falar sobre a transformação do corpo feminino. Em Comendo Paisagens, ela literalmente mastiga fotografias de prédios.