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Duas fitas gays abordam as relações de forma distinta

<em>Além da Fronteira</em> e <em>Um Estranho no Lago</em> estreiam no circuito 

Por Miguel Barbieri Jr.
Atualizado em 5 dez 2016, 15h23 - Publicado em 13 dez 2013, 17h25
Além da Fronteira
Além da Fronteira (Divulgação/)
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O jovem Franck (Pierre Deladonchamps) está desempregado e, no verão, começa a frequentar diariamente um lago onde ocorre intensa paquera entre homossexuais. Seu primeiro encontro é com um quarentão gorducho, de poucas palavras e recém-separado da mulher. Franck não sente nenhuma atração pelo desconhecido, mas faz dele um amigo e confidente. Seu desejo concentra-se no bigodudo Michel (Christophe Paou). Como o protagonista de Um Estranho no Lago está numa espiral de descontentamento e obcecado em achar um parceiro, acaba se envolvendo com a pessoa errada. O suspense está impregnado em quase toda a trama, assim como o homoerotismose faz presente. Pode ter sido um exagero da revista francesa Cahiers du Cinéma escolher o longa-metragem como o melhor do ano. As qualidades, contudo, são evidentes. Além da ousadia na abordagem do tema (há, inclusive, cenas de sexo explícito), o diretor Alain Guiraudie consegue manter a plateia plugada até a derradeira cena. 

 

Confitos em Israel já viraram até lugar-comum no cinema. Mas há sempre uma luz no fm do túnel quando alguém se propõe a abordar um assunto praticamente esgotado sob uma nova visão. É o que faz o diretor Michael Mayer em Além da Fronteira. O realizador traz uma história de amor pulsante entre dois rapazes. Detalhe: Nimr Mashrawi (Nicholas Jacob) vive num vilarejo palestino e o judeu Roy Schaefer trabalha como advogado em Tel-Aviv. Eles se conhecem numa boate e, dias depois, se reencontram. Nimr consegue uma bolsa para estudar numa universidade e, assim, fica longe de sua família alguns dias da semana. Aproveita a folga para ver o namorado .Conforme a trama avança, surgem os problemas — e de ambos os lados. Se a mãe muçulmana rechaça o filho gay, a polícia judia mostra-se truculenta com os adversários árabes. Trata-se, enfim, de um painel realista e humano sob a bandeira da diversidade sexual. 

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