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OLÁ,

Famosos saem em defesa de humorista Léo Lins nas redes e reclamam de censura

Humorista foi condenado a oito anos de prisão em regime fechado por preconceito de raça ou de cor e pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência.

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
5 jun 2025, 15h31
Humorista Léo Lins, condenado pela Justiça
Humorista Léo Lins, condenado pela Justiça (Instagram/Reprodução)
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A condenação do humorista Léo Lins a mais de oito anos de prisão em regime fechado por crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor, e pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência, além de uma multa de R$ 300 mil. A decisão provoca um debate entre a classe artística sobre os limites do humor. Famosos, entre eles humoristas, saíram em defesa de Lins e outros demonstraram apoio à decisão judicial.

A Justiça considerou que o conteúdo do espetáculo “Perturbador” ofendia gravemente diversos grupos sociais, incluindo negros, indígenas, obesos, LGBTQIA+, pessoas com HIV e pessoas com deficiência.

O apresentador e humorista Antonio Tabet, um dos criadores do Porta dos Fundos, criticou a decisão.

“Isso aqui é um absurdo. Pode-se não achar a menor graça ou até detestar as piadas de Leo Lins, mas condená-lo à prisão por elas é uma insanidade e um desserviço. Espero que essa decisão completamente descabida seja revertida”, postou Tabet em seu perfil no X, antigo Twitter.

Em seu perfil no Instagram, o apresentador Marcos Mion defendeu Lins dizendo que ele é um excelente humorista. Criticado, o apresentador fez uma outra postagem dizendo que não concorda com o que o humorista escreve, mas tinha que se manifestar contra a “censura”.

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Marcos Mion usou os stories do Instagram para se manifestar sobre Léo Lins
Marcos Mion usou os stories do Instagram para se manifestar sobre Léo Lins (Instagram/Reprodução)

O apresentador Marcelo Tas também usou seu perfil no X para defender Lins. “Não é sobre gostar ou não da piada. Particularmente, não é meu tipo de humor. E daí? O comediante estava no teatro diante de pessoas que escolheram estar ali. A questão é gravíssima. Que os homens e mulheres da Justiça brasileira estejam atentos à tentativa tenebrosa de controle da livre expressão artística. Quem não curte o Léo, é só buscar outro tipo de show. O resto é censura. Já vivemos isso. É inadmissível”, declarou o jornalista.

Mas, na classe artística, também há posicionamentos contra o humor de Lins e a favor da decisão judicial, como o ator Tuca Andrada.

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“Nunca assisti show do Leo Lins e mesmo assim as falas criminosas dele chegaram até mim, Elas vazam e reverberam num país já misógino, racista, homofóbico, etc. Liberdade de expressão não é liberdade para ferir minorias, isso é crime. Ver um monte de gente passando pano, desanima”, disse o ator em uma postagem no X.

O influenciador e criador de conteúdo Jeff Mattias usou também seu perfil no X para dizer que o humorista condenado não faz piadas.

Léo Lins não faz piada, o que ele faz é querer normalizar crimes, não é censura é bom senso parar esse tipo de gente”, afirmou.

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O advogado de Leo Lins afirmou em nota: “Trata-se de um triste capítulo para a liberdade de expressão no Brasil, diante dessa condenação equiparada à censura. Ver um humorista condenado a sanções equivalentes às aplicadas a crimes como tráfico de drogas, corrupção ou homicídio por supostas piadas contadas em palco, causa-nos profunda preocupação. Apesar desse episódio, mantemos plena confiança no Poder Judiciário nacional, que tantas vezes tem sido acionado para garantir direitos e liberdades individuais”.

A defesa também afirmou que entrará com recurso e espera que a injustiça seja reparada na segunda instância.

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