Expectativa x Realidade: Escape 60
A experiência proposta pelo jogo de diversão para adultos vale realmente a pena?
Confesso que não sabia dessa mania internacional de jogos de fuga quando fui convidada para conhecer o Escape 60. Curti a ideia porque sempre gostei de brincadeiras coletivas (era uma criança feliz no Caça ao Tesouro e adolescente fã de Imagem e Ação) e meu lado nerd estava (muito) confiante de que iria resolver os enigmas propostos.
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Chegamos ao predinho da Vila Olímpia às 19h30 de uma segunda-feira. Quatro pessoas da redação e o marido de uma delas formavam a equipe. O estabelecimento novinho, ainda com cheiro de tinta fresca, perdeu um pouco do charme por causa de sua sala de espera. Quem quiser matar a fome ou dar uma energizada contará apenas com lanches e café de máquina (custa colocar um pão de queijo e um cafezinho de verdade?).
Mas, ok, nada grave. Logo ouvimos o regulamento e eu mal podia esperar para entrar na sala com os tais enigmas. A missão é simples: encontrar um diamante e destrancar a porta no final, tranquilo. Até que foi lembrado de que deveríamos ir ao banheiro porque ficaríamos trancados durante sessenta minutos. Tran-ca-dos. Pânico para mim. Se quisesse sair teria de apertar um botão de fuga e não poderia mais entrar no jogo. Achei que ficaria constantemente tentada pelo botão vermelho. Sem falar que em sessenta longos minutos a chance do programa ser entediante era grande.
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Quando entramos na sala, primeira ótima surpresa: ela é bem produzida. A Joia da Coroa é decorada com sofá, poltronas, abajur e até uma biblioteca bastante realista (o resto eu não posso contar porque seria spoiler). Encantada, comecei a revirar o lugar, meio sem saber o que estava procurando, assim que o cronômetro começou a girar. Nova surpresa: as perguntas eram bastante desafiadoras. Na verdade, nem eram perguntas, eram cartões, bilhetes, peças que desafiavam nossa imaginação a concluir algo a partir delas.
Logo descobri um detalhe: o trabalho em equipe era essencial. Cada um dava um palpite e, de repente, o grupo avançava. E para ir adiante mais rápido, muitas vezes nos dividíamos entre as pistas (bem anarquicamente, é verdade). Só dessa maneira conseguimos abrir cadeados, fazer milhares de contas matemáticas (ufa, tínhamos uma calculadora!) e até decifrar uma estratégia de xadrez.
Completamente entretida com os enigmas e pressionada pelo cronômetro, não teve um momento em que olhei para o tal botão vermelho anti-pânico. Nem que fiquei de saco cheio.
Pelo contrário, quando houve o sinal de que o tempo havia esgotado e o barulho das metralhadoras começou a soar (sim, fomos “mortos” no final), eu só queria pedir um pouquinho mais de tempo porque tinha certeza que a gente estava perto de conseguir. Optamos por ter o enigma desvendado, o que revelou que não estávamos tão perto assim, mas continuei achando que a gente mandou bem. Só faltou tempo! Agora espero convite para tentar vencer O Corredor da Morte, Salvem Nossas Almas (S.O.S) e Operação Resgate.