Escola dedicada às artes criativas é inaugurada na Vila Madalena
EBAC segue padrões britânicos e oferece bacharelado em inglês, além de cursos técnicos para profissionais
A cidade ganha a partir de agosto mais uma instituição de ensino dedicada às artes, a Escola Britânica de Artes Criativas (EBAC). O prédio na Vila Madalena (Rua Mourato Coelho, 1404) oferece principalmente cursos de bacharelado, técnicos e livres, nas áreas de design gráfico, ilustração, direção de arte digital, visualização arquitetônica, design de aplicativos, animação, entre outros. As incrições estão abertas até o dia 14 de agosto, para o processo seletivo de análise de porfólio e entrevistas.
Não é a toa que, no título da escola, está a palavra “Britânica”: a grade curricular tem graduação com diploma da Universidade de Hertfordshire de Londres e é válido em toda a União Européia e Estados Unidos. A universidade inspirou, também, algumas diretrizes como conteúdo e horas de estudo do currículo.
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Uma das grandes vantagens da escola é seu ambiente. A instituição ocupa, por enquanto, três andares do prédio projetado pelo arquiteto Isay Weinfeld, tem diversos terraços e grandes janelas para iluminação natural e um belo café ao ar livre, com refeições naturais. A tecnologia também é o ponto forte da faculdade: últimos modelos de computadores, estúdio de impressão e ateliês de fotografia são alguns dos equipamentos oferecidos.
Mas a escola não é para qualquer um. O bacharelado não só exige um investimento de 3600 reais mensais, como só aceita alunos que falem inglês fluente. Por ali não há vestibular: as inscrições são realizadas pelo site da instituição e os alunos são chamados para entrevistas com os professores. Se o inglês não for quase perfeito, ele pode optar por fazer aulas da língua na própria escola e tentar a vaga no próximo semestre.
Outra característica peculiar do bacharelado é que, no primeiro ano, todos os alunos cursam o básico Foundation. Para os três anos seguintes, o estudante escolhe a área específica de graduação. Mas atenção: o diploma não é reconhecido pelo MEC.
Já os cursos técnicos são reconhecidos em território nacional. Eles se assemelham àqueles oferecidos em instituções como o Senac, porém têm padrões, discplinas e número de horas de faculdades técnicas europeias. As inscrições também seguem o mesmo procedimento do bacharelado, com a diferença que os cursos não são ministrados em inglês. Dedicado a profissionais que desejam mudar de área ou se especializar, os cursos têm como critério para ingresso que o interessado já tenha um portfólio consistente. O investimento é de 1800 reais por mês.
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O russo Alexander Avramov, que está implementando este modelo de escola por aqui, foi o fundador de quatro escolas em Moscou, dedicadas a design e arte, computação gráfica, cinema e TV e arquitetura. Fundadas há treze anos, as instituições são as mais reconhecidas escolas de criatividade do país. “Rússia e Brasil são muito parecidos e investindo na educação ajudamos a estimular as indústrias e empresas desses países”, conta ele. Avramov também explica o investimento inicial de 10 milhões de reais: “Queremos oferecer modelos, tecnologia e métodos internacionais para desenvolver o ensino brasileiro”, explica.
O diretor-presidente da EBAC, Maurício Tortosa, conta que o principal objetivo é que os estudantes não saiam do Brasil para estudar em escolas de padrão da União Europeia. “Queremos que os alunos se formem aqui para trabalhar no mercado brasileiro”, explica. Quem tiver interesse, pode passar por ali para conhecer a instituição e bater um papo com ele ou outros membros da equipe.