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Nervosa: banda feminina de metal conquista espaço no exterior

Dedicado ao rock pesado, grupo formado em São Paulo já tocou em quarenta países investindo em letras politizadas em inglês

Por Adriana Farias Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 29 jul 2017, 13h07 - Publicado em 28 jul 2017, 18h33

O thrash metal ganhou fama pelo trabalho de nomes como Metallica e Slayer. Um trio feminino paulistano, entretanto, está surpreendendo ao abrir espaço nesse território masculino. Lançada em 2010, a banda Nervosa investe em letras politizadas em inglês, tratando de temas como guerra, corrupção, intolerância e educação. A professora de inglês Fernanda Lira (vocal e baixo), de 27 anos, a administradora Prika Amaral (guitarra), 30, e a designer Luana Dametto (bateria), 20, deixaram o emprego para apostar no showbiz.

Apresentam-se com tatuagens e uma presença de palco agressiva, lançaram dois discos e têm um terceiro no forno para 2018. Começaram em casas do naipe de Outs e Inferno, no Baixo Augusta. Hoje trabalham mais no exterior. As mulheres mostraram seu talento em quarenta países, com uma média de 160 shows por ano e cachês em torno de 5 000 reais.

Já tocaram em grandes festivais de heavy metal, a exemplo do Summer Breeze, na Alemanha. O recorde de público veio no início de julho, com cerca de 20 000 pessoas no Rock al Parque, na Colômbia. Estão em turnê pela Europa até setembro. “É incrível, os fãs erguem bandeiras com o nosso logo”, diz Fernanda.

A banda despontou depois que o videoclipe de Masked Betrayer (hoje com 1 milhão de visualizações no YouTube) chegou, em 2013, às mãos do Destruction, famoso grupo de thrash metal alemão. O vocalista Schmier divulgou o trabalho na web e chamou a atenção da gravadora austríaca Napalm Records, que contratou a Nervosa. “O que elas fazem é raro de ver”, elogia o músico.

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Em 2016, o artista as convidou para uma turnê em conjunto. “Elas estão abrindo um novo caminho no metal e vão inspirar outras musicistas”, afirma Andreas Kisser, do Sepultura. Para isso, as garotas ainda enfrentam o machismo. Foram barradas em festivais por seguranças que as confundiram com tietes, ouviram perguntas sobre quem era o homem por trás das composições e escutam gritos de “gostosa” nos shows (elas retrucam dizendo que o nome é “Nervosa”). “Estamos quebrando estereótipos”, comemora Fernanda.

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