Cinema de rua volta a ganhar força com reaberturas e novos endereços

Em um alento para a comunidade cinéfila, espaços como o Cine Olido e o Satyros Bijou voltaram a funcionar neste ano e outros foram inaugurados

Por Barbara Demerov
Atualizado em 27 Maio 2024, 21h15 - Publicado em 25 nov 2022, 06h00
Foto preto e branca da fachada do Cine Olido, nos anos 50
Cine Olido nos anos 50 (Antonio Ricardo Soriano/Reprodução)
Continua após publicidade

Um dos mais tradicionais cinemas de rua da capital, o Cine Olido reabriu em 10 de novembro após dois anos de reforma, que incluiu a manutenção de projetor e equipamentos de áudio. A sala da galeria na Avenida São João integra o circuito Spcine e, na programação, estão longas como Marte Um e A Mãe, que representam o cinema nacional independente.

+ Saga ‘Crepúsculo’ será relançada nos cinemas em dezembro

A novidade, junto à retomada do Cine Satyros Bijou em janeiro, após 26 anos, é um alento para a comunidade cinéfila, que, em 2022, também presenciou o nascimento de dois espaços: o Cineclube Cortina e o Cine LT3. Ainda vale destacar a reabertura de duas salas da USP: uma no Cinusp e outra no Centro Maria Antonia.

A abertura de salas não é algo recorrente, pois diversos endereços, como CineSesc e Reserva Cultural, já existem desde os anos 70. Na década de 90, a Cinemateca estreou a sala Oscarito, e, anos depois, a Spcine, da prefeitura, se encarregou de lançar dezenas de salas em CEUs. Em 2017, o Instituto Moreira Salles inaugurou a própria telona.

Entrada da sala Oscarito, na Cinemateca.
Entrada da sala Oscarito, na Cinemateca. (Caio Brito e João Pedro Albuquerque/Divulgação)
Continua após a publicidade

Essa onda se contrapõe ao domínio das produções comerciais exibidas em centros de compras e repõe uma futura perda — o Anexo do Itaú Augusta foi vendido e deve ser demolido em breve, apesar de abaixo-assinado apoiado por mais de 20 000 pessoas.

Daniel Queiroz, diretor da distribuidora Embaúba Filmes (Marte Um, representante do Brasil no Oscar 2023, é um dos títulos da empresa), destaca que o circuito de rua presta um serviço fundamental para o audiovisual nacional. “Não é fácil conseguir telas para as obras de qualidade que lançamos.”

+ Racionais MC’s: 3 motivos para assistir ao documentário da Netflix

Continua após a publicidade

Ele reflete que o Brasil possui mais de 3 000 salas de cinema, mas ainda assim há dificuldades na distribuição. “Há filmes premiados em todo o mundo que não conseguem nem vinte locais para estrear”, conta, antes de completar que os espaços do Centro e imediações também são responsáveis pela formação de novos públicos.

Publicado em VEJA São Paulo de 30 de novembro de 2022, edição nº 2817

+ Assine a Vejinha a partir de 9,90.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de São Paulo

a partir de 35,60/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.