O museu queridinho dos paulistanos, o Masp, completa 77 anos de existência nesta quarta-feira (2). Transferido para a Avenida Paulista em 1968, o edifício se tornou um dos cartões-postais mais conhecidos da capital, inclusive tombado pelo Iphan. Para celebrar, a Vejinha separou cinco curiosidades sobre o espaço.
Rainha Elizabeth na Avenida Paulista
Antes da mudança para a Avenida Paulista, em 1968, o museu ocupava a Rua 7 de Abril, no centro. A atual sede, projetada por Lina Bo Bardi (1914-1992), foi inaugurada no dia 7 de novembro com a presença ilustre da Rainha Elizabeth II da Inglaterra. A monarca passou dez dias no país com o príncipe Phillip. O nome da rainha está gravado em uma placa na lateral do vão livre.
A exigência do vão livre
Por falar no vão livre, que foi palco de momentos históricos da cidade como o show de Daniela Mercury, em 1992, a estrutura foi uma exigência da prefeitura da cidade, que doou o terreno do museu. Para a construção ser realizada era preciso um projeto que não tapasse a visão da Avenida Nove de Julho. Por isso, Lina Bo Bardi projetou o vão livre, que sustenta o edifício e preserva a paisagem da avenida.
A primeira obra
A primeira aquisição do Masp, o quadro Retrato de Suzanne Bloch, de Picasso, foi realizada pelo fundador Pietro Maria Bardi (1900-1999). A obra chegou a ser roubada, em 2007, por três ladrões que levaram também um quadro de Portinari. O crime ocorreu durante a troca de vigias no museu e ocasionou um prejuízo estimado em 100 milhões de reais. Os quadros foram recuperados em janeiro de 2008 em uma casa no município de Ferraz de Vasconcelos e três acusados foram presos.
Desfile da Dior no Masp
O Masp foi palco do desfile do estilista francês Christian Dior em 1951. O desfile foi viabilizado por Paulo Franco, proprietário da Casa Vogue no período, que doou o traje Costume para o ano 2045, de Dior em parceria com Salvador Dali (1904-1989), para o acervo do museu. O evento teve uma apresentação de trajes antigos e indumentárias emprestadas pela Union Française des Arts du Costume.
Obra falsa de Miró
Na década de 70, o pintor catalão Juan Miró (1893-1983) enviou uma carta para Pietro Bardi na qual negava a autoria de uma guache sobre papel que estava no acervo do museu. A obra, então, foi encaminhada para a reserva técnica.