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Bienal do Livro amplia diversidade de autores e gêneros em sua programação

Curadora do espaço Arena Cultural, que reúne grandes nomes da literatura nacional, Diana Passy fala à Vejinha

Por Luana Machado
5 set 2024, 09h00
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    A curadora da Arena Cultural Diana Passy (Elisangela Borges/Divulgação)

    Com uma seleção que inclui grandes nomes da literatura nacional, como Paula Pimenta, Thalita Rebouças, Conceição Evaristo, Pedro Bandeira, Itamar Vieira Jr. e Stênio Gardel, o espaço Arena Cultural da Bienal do Livro de São Paulo, que acontece de 6 a 15 de setembro no Distrito Anhembi, aposta mais uma vez em uma programação diversa, que atende públicos variados. 

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    Somente nos primeiros dias de evento, as conversas apresentam nomes novos da literatura jovem do país, como Elayne Baeta, e gêneros que vão da romantasia (mistura de romance com fantasia) aos romances policiais. 

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    Curadora do espaço, a editora Diana Passy conversou com a Vejinha sobre o processo curatorial e as novidades da Bienal do Livro deste ano. 

    É a sua terceira vez realizando a curadoria da Arena Cultural, e a segunda na modalidade presencial. O que a curadoria de 2024 traz de diferente?

    Eu aprendo muito a cada novo processo. Em 2023, por exemplo, foi muito importante para mim mostrar como a literatura é um ponto de encontro. Isso porque foi a primeira bienal pós-pandemia, então tinha esse marco do retorno do encontro entre os autores, as editoras e os leitores. Já em 2024, eu quis deixar ainda mais claro que a Arena Cultural é um espaço para todos os tipos de leitores. Eu tomei um cuidado maior para celebrar a diversidade literária e contemplar todas as pessoas que circulam pelos corredores. 

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    A Bienal do Livro deste ano propôs um maior foco na ampliação da programação cultural e em promover ainda mais os autores nacionais. Pensando nesses objetivos, como foi o processo de curadoria da Arena Cultural?

    A Arena Cultural tem um diferencial em relação aos outros espaços por não ter um recorte temático e nem de idade. Ele é um palco para abraçar todos. O mais importante neste processo foi conversar com todas as editoras e entender o que elas estão lançando, com quais livros elas estão empolgadas. Eu sempre descubro muita coisa nova durante essa etapa, até gêneros diferentes. Acho também que o olhar sobre os autores nacionais é importante para reconhecer que a sustentação do mercado editorial brasileiro são eles. Por mais que seja muito legal trazer os grandes nomes internacionais, o que incentiva e promove a leitura no país passa por essa construção de um ecossistema saudável para os escritores do Brasil. E tem muitos nomes nacionais que atraem o público tanto quanto os internacionais. 

    Como sua experiência enquanto criadora da Flipop (Festival de Literatura Pop), promovida pela Editora Seguinte, contribui com seu olhar curatorial na Bienal do Livro?

    A Flipop é um evento mais horizontal, que proporciona um contato próximo entre os autores e o público. Por isso, foi tão importante dar espaço para escritores brasileiros e, em especial, os que estão no começo da carreira. Então, acompanhar isso ao longo dos meus quatro anos na Flipop me mostrou como é importante criar essas conexões e mostrar a diversidade que existe na nossa literatura nacional. 

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    Como é a rotina de um curador na Bienal do Livro?

    Só eu cuido de 60 mesas, são mais ou menos 200 pessoas que eu coordeno entre palestrantes e mediadores. Tem que estar com tudo muito organizado e prestar muita atenção: checar se todos os convidados da mesa chegaram, se a mesa de autógrafos está andando, é bastante coisa. Mas nossa equipe tem muita experiência. E, na verdade, os meses de preparação são os mais corridos, então quando chega a bienal é um alívio. Quando o evento começa e as coisas andam nos trilhos, dá um prazer muito grande de encontrar o público e ver o trabalho de meses dando certo. É isso que me sustenta ao longo dos dez dias, nos quais fico de 10h até as 22h. 

    O tema deste ano é ‘Quem lê faz grandes amigos’. Você tem alguma experiência nesses anos de bienal que se relacionam com a campanha?

    Eu tenho lembranças da Bienal do Livro desde pequena. Minha mãe me levava e era o momento que eu descobria se tinha livro novo do Pedro Bandeira ou da coleção Salve-se quem puder. Quando eu voltei a frequentar como profissional do mercado editorial, foi diferente, mas eu criei muitos amigos nos corredores. É uma das coisas que eu mais gosto em trabalhar com livros: as pessoas que eu conheço. É muito gostoso encontrar alguém que gosta de livros tanto quanto você. Eu tenho amigos de uma década que conheci na fila para comprar almoço na bienal. Esse slogan, para mim, é muito certeiro. 

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    Quais atividades na programação estão imperdíveis?

    Temos uma mesa na sexta-feira (6), às 17h30, na Arena Cultural, com a escritora holandesa Elma Van Vliet. Ela tem a coleção Tesouros de Família, na qual as pessoas preenchem com suas histórias. É justamente para comprar, presentear os familiares e compartilhar memórias. 

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