Governo recolhe do mercado 800 000 litros de azeite de oliva
Marcas foram reprovadas por vender misturas de óleo de soja como se fossem azeite de oliva virgem ou extravirgem e importar tipo impróprio para consumo
O Ministério da Agricultura tirou de circulação mais de 800 000 litros de azeite de oliva impróprios para consumo. De acordo com o órgão, 64 marcas de 84 empresas brasileiras apresentaram indício de fraude.
Entre outras irregularidades, foi constatado que essas empresas importavam azeite de oliva virgem do tipo lampante, de uso industrial e impróprio para consumo. Também foram reprovadas as marcas que vendiam misturas de óleo de soja como se fossem azeite de oliva virgem ou extravirgem.
Foram reprovadas marcas como Aldeia da Serra, Barcelona, Lisboa, Chef Ávilo Clássico (importada pelo Carrefour), Don León, Porto Valência, Figueira da Foz, Vale Fértil, Quinta d’Aldeia, Tradição e Malaguenza. Das 43 empresas vetadas, dezessete já haviam sido reprovadas em operações anteriores. Confira a lista completa aqui.
Para evitar fraudes, o Mapa recomenda ficar atento ao rótulo — o termo “azeite de oliva” aparece em destaque, mas em letras miúdas constam as expressões “óleo misto ou composto, temperos e molhos”. Também é importante verificar o preço, já que um frasco de 500 ml dificilmente custa menos de 10 reais.
[ATUALIZADO ÀS 18H05] A Natural Alimentos, responsável pelo azeite Lisboa, informou em nota que deixou de comercializar a marca em fevereiro deste ano. De acordo com a empresa, a decisão foi tomada por “distorções de qualidade nos produtos importados”. O comunicado afirma ainda foi a primeira autorizada pela Anvisa fabricar e comercializar óleo misto e temperos à base de azeite de oliva saborizados e que atualmente os produtos envasados são “estritamente adequados à legislação brasileira e, portanto, com produtos de qualidade e procedência autênticas”.