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“Estou atolada até o pescoço”, diz cozinheira da coxinha gigante

Responsável pelos salgados da Panetteria ZN, Maria das Neves Quirino diz que sua vida mudou depois que as vendas do quitute estouraram

Por Saulo Yassuda
Atualizado em 20 jan 2022, 09h23 - Publicado em 7 fev 2014, 16h46
Supercoxinha - Panetteria ZN
Supercoxinha - Panetteria ZN (Divulgação/)
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A “salgadeira” Maria das Neves Quirino passou a madrugada de quinta (6) para sexta (7) moldando supercoxinhas, salgado que se tornou um hit na Panetteria ZN, no Imirim.

Até o fim de fevereiro, o indivíduo que for capaz de comer o salgado em dez minutos não paga pelo quitute (R$ 32,90 o quilo). A coxinha de frango com catupiry tamanho família alimenta até quatro pessoas, nas contas da padaria (o peso aproximado é de 1 quilo). Até a tarde desta sexta (7), onze glutões haviam vencido o desafio lançado há dois dias.

Funcionária do estabelecimento há três anos, Maria das Neves é viúva e mora com a filha na Parada de Taipas, bairro da Zona Norte da cidade. Ela diz que sua vida mudou depois que as vendas da coxinha estouraram e conta que a supercoxinha não tem segredo para ser feita. Leia entrevista abaixo.

 

A senhora está trabalhando muito? Estou atolada até o pescoço! Minha vida mudou muito, né? A coxinha está vendendo e estou trabalhando muito mais, até à noite, por causa da coxinha.

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Qual o horário da senhora? O normal é das 6h às 14h, mas esta noite trabalhei a madrugada toda. Nem dormi ainda. Eu tinha voltado para casa, mas aí as coxinhas acabaram, e o menino da padaria foi me buscar para eu fazer mais. Tinha cliente esperando de madrugada eu chegar para comer a coxinha!

Vão te pagar mais? Vão, sim. Eu dobrei meu expediente. 

A senhora produz tudo sozinha? Um funcionário faz a massa e eu moldo, mas essa noite eu que fiz tudo. Meu ajudante não consegue montar o salgado grande.

E como vai ser seu expediente hoje? Vou embora às 14h para casa tomar um banho, dormir, descansar e depois voltar à padaria. Sábado e domingo eu vou trabalhar. 

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Como surgiu a ideia da supercoxinha? A gente fez uma brincadeira, né?  O Wanderley [de Souza, gerente] perguntou: “Você consegue fazer uma coxinha grande para tirar foto?”. Então eu fiz. A gente tirou a foto colocou no Orkut [Facebook] dele. No começo deu pouca mídia, mas agora estourou.

Qual o segredo do salgado? Não tem, a fritura é a mesma. Mas tem que ter habilidade para fazer, senão estoura. A primeira vez que fiz, demorei um pouquinho mais, mas agora tenho prática. Faço rapidinho, em cinco minutos. Esta noite, fiz cem.

A senhora comeu a coxinha? Não, quem faz não gosta de comer salgado. Eu só gosto da pequenininha. Mas gosto mesmo é de bolinho de queijo.

Nem durante a madrugada deu vontade? Não, tomei só café e comi um pãozinho de queijo.

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