Jovem elimina dez quilos com a dieta do hCG
Recebi um relato corajoso da Camila Vieira que revelou ter feito a dieta do hCG – a aquela do hormônio da gravidez – e eliminou dez quilos em 40 dias. Não, eu não julgo, embora tenha optado, pra mim, um caminho mais longo, sem qualquer tipo de medicamento. + Aulas de bike, yoga, pilates, esgrima e […]

Recebi um relato corajoso da Camila Vieira que revelou ter feito a dieta do hCG – a aquela do hormônio da gravidez – e eliminou dez quilos em 40 dias. Não, eu não julgo, embora tenha optado, pra mim, um caminho mais longo, sem qualquer tipo de medicamento.
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Antes de entrar no relato dela, porém, eu gostaria de ser coerente com a seriedade que trabalhamos nesse espaço e esclarecer que a dieta do hCG é controversa, como a própria leitora admite. E, em geral, recebe críticas de correntes médicas contrárias ao sua indicação, por causa dos riscos à saúde.
Vou explicar: o hCG – que atende pelo nome de gonadotrofina coriônica humana – é um hormônio produzido naturalmente na gravidez (fora dela, a quantidade presente no organismo feminino é praticamente nula). Durante a gestação, tem a função de ajudar no desenvolvimento do ambiente para o feto.
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Para emagrecer, as pessoas se submetem à aplicação de injeções diárias do hCG, ou tomam doses sublinguais, além de seguir uma alimentação extremamente restritiva. O cardápio se resume a 500 calorias diárias, durante 40 dias. A polêmica é que não existem comprovações científicas de que o hormônio seja capaz de emagrecer uma pessoa, segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sebem).
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E uma ingestão tão baixa de calorias não é recomendada nem mesmo a pacientes com obesidade mórbida. Mas os defensores do hCG dizem que esse hormônio é capaz aumentar a mobilização de gordura corporal para que o organismo a utilize como fonte de energia (por isso, o menu consegue tão pouco calórico); e diminuir a sensação de fome.

Na foto, com dez quilos a mais, e praticando stand up (Foto: Arquivo pessoal)
Isto posto, seguimos com o relato da leitora:
“Boa tarde, acompanho seu blog na VEJA SÃO PAULO há algum tempo e sempre gostei muito do seu estilo. Ultimamente, tenho visto muitas feministas se escondendo atrás das suas batalhas e acabando com a saúde e com o corpo. Ao mesmo tempo, vejo muita gente louca querendo emagrecer sem esforço e, pior, a qualquer custo. Apenas pra seguir o padrão pré-estabelecido de que todos devemos ser magras. Nunca escrevi nada, na verdade prefiro ficar longe das polêmicas, mas ontem saiu do coração, e queria compartilhar com uma amiga. Bom, de tanto que leio seus posts, achei que você seria a amiga ideal.
Não sei se é bem minha história, se você vai gostar ou sei lá, mas achei que isso deveria sair do bloco de notas para incentivar mulheres que estão assim como eu estavam ou estão: nem gordas, a ponto de estarem obesas, nem magras, que possam ser chamadas de magras!
Parece besteira, mas esse caminho do meio não faz você ir pra frente, nem pra trás. Porque uma semana – quando se acha gorda – você faz regime de fome – e não come nada. Na outra, se afoga no balde de pipoca e de chocolate. E assim, nesse esquema vai não vai, você não vai a lugar algum. Então o que eu fiz? Bem, eu parei de dar ouvido aos outros e fui ouvir, de mim mesma, o que era que eu mais queria. E sabe o que era? Era perder os dez quilos que ganhei no período da faculdade.
Eu estava me sentindo enorme, as roupas não entravam mais e chorei quando a 46 não entrava mais. O que me incomodou MESMO foi ver uma sequência de fotos, inclusive essa que estou de biquíni amarelo, fazendo stand up. Depois disso, passei 15 dias nos EUA e eu não queria publicar uma foto de tão redondo que o meu rosto estava. Até que percebi que não dava mais.

Novo corpo, após uma perda de dez quilos e recuperação de autoestima (Foto : Arquivo pessoal)
Isso tudo aconteceu no início do ano passado, quando comecei uma reeducação alimentar com uma nutricionista (foi a época do vai e volta, porque eu dava ouvido às pessoas, e uma semana falavam que eu estava magra, outra gorda, e por aí foi). Em julho, enfrentei uma lipoaspiração, que, hoje, não aconselho a ninguém, porque embora, de fato, modele o corpo, não muda em nada o peso. Saí do manequim 46 pro 42, e ainda não era o que eu queria…
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Então, finalmente, neste ano, fiz a dieta do hCG, que muitos podem ser contra. Mas fiz com o maior acompanhamento profissional possível, tive que ter foco e ignorar ou outros. E fiz o que eu queria! Perdi dez quilos nos dois primeiros meses. Além disso, a dieta me deu mais vida, a parte do ânimo, de gostar da academia… Coisas que a lipo infelizmente não fez. Até porque operei e continuei sedentária e ficava sem ar, ao subir um simples lance de escadas.
Eliminei dez quilos nos dois primeiros meses, tive acompanhamento médico, personal e o principal: força de vontade. Estou mais ativa, amo ir para academia, fazer musculação, aulas de dança e de boxe. Mas, acima de tudo, consigo subir a rua de casa tranquilamente… E, ainda, conversar sem puxar a respiração!
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Lógico que é tudo recente, ainda estou em dieta bem restritiva.. Mas para mim: CHEGA! Falem o que quiser, eu não escuto mais opiniões sobre O MEU CORPO! Quero chegar aonde EU acho ideal, e se um dia (daqui uns meses..) eu quiser pipoca com chocolate eu vou comer.. E ir correr pelo menos uma meia hora pra compensar.
Eu não sou nem gorda nem magra: sou feliz e hoje deixei de ser sedentária e tenho saúde!”
Obrigada, Camila. É sempre bom saber que as pessoas estão felizes com os caminhos que escolheram trilhar. E você leitor, por favor, procure um médico antes de embarcar na saga do emagrecimento.
Em tempo: se você quer me contar sua história, me escreva: chrismartinez@butiquedeletras.com.br Eu demoro, mas respondo todos os e-mails que recebo (no tempo que dá).
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Um beijo, até mais.