Empresária se assusta ao ver sua foto obesa e perde 30 quilos em 10 meses
Na segunda-feira nossa de cada dia, vamos contar mais uma história vencedora. Hoje, quem escreveu para nós seu relato contra os ponteiros da balança foi a empresária Mylene Lichtscheidl Graciadio. Sim, ela chegou ao fundo do poço e conseguiu emagrecer sozinha 30 quilos. Veja como. + Advogada se livra de depressão e perde 20 quilos “Sabe, nunca […]
Na segunda-feira nossa de cada dia, vamos contar mais uma história vencedora. Hoje, quem escreveu para nós seu relato contra os ponteiros da balança foi a empresária Mylene Lichtscheidl Graciadio. Sim, ela chegou ao fundo do poço e conseguiu emagrecer sozinha 30 quilos. Veja como.
+ Advogada se livra de depressão e perde 20 quilos
“Sabe, nunca fui uma pessoa magra, daquelas que usa calça 38… Aliás, nunca usei 38, fui do infantil direto pro 40. Mas também não era gorda. Fazia o tipo ‘gostosona’: cintura fina, pouco peito, sem barriga, mas….com bundão, coxão, pernão, quadrilzão. Só que depois dos 18 anos, começou o efeito sanfona sem fim na minha vida. Engordava 5 quilos, eliminava 7, ganhava 10, fazia outra dieta, perdia 12, parava, engordava 17. E por aí foi.
Fiz todas as dietas imagináveis, tomei todos remédios pra emagrecer, shakes, mas a verdade é que nunca havia me alimentado saudavelmente e tampouco fazia exercícios. Odiava com todas as minhas forças! De remédio em remédio fui mantendo meu peso, depois tive duas gravidezes, na primeira engordei 20 quilos e depois emagreci, na segunda engordei mais de 30 quilos (cheguei a 96 quilos) e emagreci com sibutramina. Mas mantive por bem por pouco tempo.
Logo em seguida tive um problema de saúde na família, o que me fez desabar. Larguei tudo e, já estava acima do peso, descontei tudo na comida e na bebida. Pensava: ah, já estou gorda mesmo, então vou comer, e assim foi até eu perder o controle. Simplesmente não cabia mais em nenhuma roupa e me recusava a comprar número maior. Não queria mais sair de casa. Fotos, então, nem pensar. No fundo, eu estava deprimida. Deprimida comigo mesma.
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Comecei a passar por situações constrangedoras. Uma delas foi quando mudei meu plano de saúde e a atendente me disse que eu não teria direito a cirurgia bariátrica. Me assustei e questionei: como assim? Não sou obesa. Então a moça me perguntou quanto eu pesava e não soube responder. Ela sugeriu que eu me pesasse. Então, surtei e sai correndo de lá. Chorando, claro. Depois veio meu aniversário, não quis fazer nada. Só que ganhei um bolo da minha mãe e tiraram fotos. Quando me vi não acreditei na realidade que estava ali.
No dia seguinte meu marido saiu para trabalhar e eu estava na sala chorando sem saber o que fazer, ele destrancou a porta e entrou de novo dizendo:
‘- Eu faço tudo por você, mas existem coisas que se você não fizer, ninguém vai poder fazer por você.’
Click! Ali foi dado start que eu precisava. Resolvi que queria emagrecer e não ser emagrecida. Entrei na internet e fui pesquisar. A primeira que veio foi a dieta Dukan, eu já tinha ouvido falar, mas não conhecia. Consegui baixar o livro no computador e comecei a ler na mesma hora, me animei, juntei os cacos, estudei por uma semana, comprei uma balança. O susto: pesei 92 aquilos. Morri de vergonha de mim mesma. Não foi fácil, mas me agarrei ao desafio. A pior parte foi começar os exercícios: era tão sedentária que não conseguia nem caminhar sem colocar os bofes para fora. Cheguei a chorar escondido porque estava com vontade de algo. Às vezes entrava no banho para não sentir o cheiro do pão quentinho no forno.
Foram dez meses, 30 quilos eliminados. Hoje corro 5 quilômetros por dia e 10 quilômetros de final de semana. Viciei, não consigo ficar sem a atividade física. Estou mantendo o peso, mudei minha cabeça, entendi que sou muito mais capaz do que imaginava, aprendi muitas coisas, que devemos ter paciência, afinal não ganhamos todo esse peso de uma vez, então não podemos ter pressa para eliminá-lo.
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Aprendi que, sim, temos que comemorar até os 250 gramas eliminados – afinal esse peso é equivalente a um pote de margarina. Agora entendo que festa de aniversário, Natal, Ano Novo, teremos para o resto de nossas vidas e o “eu mereço” é muito relativo. E que a comida, os doces não vão acabar, que para tudo na vida temos que ter disciplina, foco e pequenos projetos, que a felicidade total não existe, ela está em momentos de nossa vida que precisamos sentir e aproveitar. Tenho de volta a autoestima. A perfeição só existe nascendo de novo. Estou feliz aos quase 40 anos. Vou vivendo um dia de cada vez, porque manter é muito mais difícil que emagrecer.”
Adoramos, Mylene.
Em tempo: pra me seguir no Instragram, acesse @canseidesergorda_
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Um beijo, até mais.