Cada novo projeto do compositor pernambucano Lenine é um mergulho diferente. Com carreira de quase quatro décadas, oito álbuns de estúdio e quatro discos ao vivo, o ponto comum é sua característica pegada contagiante do violão.
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Desta vez, o músico chega com uma nova turnê de um disco que ainda não está pronto — Rizoma é o nome do trabalho e desta fase de sua trajetória, que apresenta nos dias 15 e 16 no Teatro Bradesco.
O projeto é todo feito a quatro mãos, em parceria com um de seus três filhos, Bruno Giorgi, engenheiro de som e produtor nos discos do pai desde Chão (2011). Ambos estarão em turnê em um show a dois, uma continuação de um projeto ao vivo que começou antes da pandemia. “A ideia era incrementar o voz e violão, mas trazendo o elemento da produção em estúdio, que é outro ponto muito forte na discografia”, explica Bruno.
Rizoma é uma palavra que vem de outra paixão de Lenine, a botânica, e também possui significados filosóficos em obras de Gilles Deleuze e Félix Guattari, remetendo à expansão das raízes de uma planta. Tanto representando o encontro geracional de pai e filho quanto o apanhado de elementos de toda a jornada musical de Lenine, a apresentação promete trazer uma repaginada nas diferentes sonoridades de sua carreira, como Hoje Eu Quero Sair Só e Paciência, além de incluir as inéditas.
“Ficou fácil a gente se divertir em cima desse ‘colchão’ sonoro, e mudar ele o tempo todo. Também tem isso do rizoma: ele não é um clone, é outra coisa”, diz Lenine. Livre. Teatro Bradesco. Shopping Bourbon, ☎ 3670-4100.→ Sex. (15) e sáb. (16), 21h. R$ 100,00. teatrobradesco.com.br.
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Publicado em VEJA São Paulo de 6 de abril de 2022, edição nº 2783
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