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“Foi mais difícil fazer arte nos últimos anos”, diz Luiza Lian, que lança disco

Confira a entrevista com a artista paulistana sobre o álbum '7 Estrelas | quem arrancou o céu?' (2023), com dez faixas inéditas e participação de Céu

Por Tomás Novaes
28 jul 2023, 18h00

Luiza Lian está de volta com o disco 7 Estrelas | quem arrancou o céu? (2023), lançado nesta sexta-feira (28).

O quarto álbum de estúdio da cantora e compositora paulistana, com dez faixas inéditas e participação especial de Céu, é mais um mergulho na linguagem pop-eletrônica que a artista desenvolve ao lado de Charles Tixier, produtor deste e dos seus dois discos anteriores.

O lançamento chega cinco anos depois do seu antecessor, o ótimo Azul Moderno (2018), premiado como melhor disco nacional daquele ano pela APCA – Associação Paulista de Críticos de Artes.

“Várias coisas inevitáveis aconteceram no meio do caminho, foi mais difícil fazer arte nos últimos anos. Começamos a fazer esse disco no fim de 2019, achando que iríamos lançar ele em 2020”, diz Luiza, que já tinha o repertório pronto desde o começo do processo. “A pandemia afetou muito essa produção, em um nível profissional, e também em conseguir mergulhar mais. As músicas estavam prontas, mas acabaram ganhando um outro lugar. Tanto que, nesse disco, o Charles assina as composições comigo”, conta.

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A união das texturas eletrônicas do baterista e produtor com as composições de Luiza é fruto de uma conexão antiga. “Eu e o Charles tocamos juntos há uns quinze anos, ele é o meu maior parceiro musical. Temos quase uma telepatia, apesar de ele ser ateu e eu super espiritualizada (risos)”.

A espiritualidade, sempre presente na obra da compositora, aparece no título do disco. “Eu cresci dentro de terreiro que misturava o Santo Daime com a umbanda. É até difícil encerrar esse assunto, porque ‘Sete Estrelas’ é muita coisa. Tem quem pense que é um lugar, mas também aparece como um ser. O número sete é muito místico”, explica a artista.

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‘7 Estrelas | quem arrancou o céu?’: novo disco de Luiza Lian. (Larissa Zaidan/Divulgação)

Desde músicas mais solares e pop, como Desabriga, Homenagem e Deságua, até mais obscuras e políticas, como Forca e Cobras na sua Mesa, o disco tem diversas camadas sonoras, poéticas e temáticas. “Até o fato de ele ter dois nomes, é porque eu vejo como dois discos em um, de certa forma”, diz.

“É um disco que foi pensado dentro dessa dubiedade, com lugares de luz e sombra, formando um arco completo de uma narrativa. É um mergulho em muitas dúvidas e questionamentos a respeito do nosso tempo, do indivíduo contemporâneo, mergulhado e perdido em espelhos”, explica Luiza.

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A relação quase apocalíptica entre tecnologia e realidade é um dos principais temas das canções. “Estamos vivendo uma pré-história dessa era digital. Tenho 34 anos e cresci grande parte da minha infância sem internet, e vejo como um privilégio ter vivido esse outro tempo. Agora com a  inteligência artificial, você não tem a dimensão do que é real, do que não é — como as pessoas que foram ao cinema pela primeira vez e acharam que o trem ia cair em cima delas”, diz.

Depois do longo processo de gestação deste projeto, Lian conta que acumulou novas ideias para o futuro. “Deve ter uns três projetos já meio encaminhados na minha cabeça. Tem muitos lugares poéticos, ou como cantora, que ainda não apresentei para as pessoas”, adianta.

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