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Morre o poeta e filósofo Antonio Cicero, aos 79 anos, na Suíça

O escritor carioca, irmão de Marina Lima, foi autor de letras inesquecíveis da música brasileira, como 'O último romântico', 'Maresia' e 'Fullgás'

Por Tomás Novaes
Atualizado em 23 out 2024, 11h33 - Publicado em 23 out 2024, 10h49
Morre Antonio Cicero: grande poeta e filósofo brasileiro
Morre Antonio Cicero: grande poeta e filósofo brasileiro (Chico Cerchiaro/Companhia das Letras/Divulgação)
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O poeta e filósofo Antonio Cicero morreu nesta quarta-feira (23), na Suíça, aos 79 anos.

O escritor carioca, diagnosticado com Alzheimer, optou pela eutanásia, e deixou uma carta de despedida (leia no final).

Desde 2017, Cicero é um imortal da Academia Brasileira de Letras. Autor de livros como de filosofia como O Mundo Desde o Fim (1995), e de poesia como Guardar (1997), foi também um dos grandes letristas da música brasileira.

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Irmão de Marina Lima, compôs com ela clássicos como Fullgás, além de outras músicas com parceiros como Lulu Santos, em O último romântico, Claudio Zoli, em À francesa, e Paulo Machado, em Maresia.

João Bosco também foi outro grande colaborador na trajetória musical de Cicero. Os dois, juntos de Waly Salomão (1943-2003), compuseram as músicas do sublime disco Zona de Fronteira (1991), de Bosco.

Carta de Antonio Cicero

“Queridos amigos,

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Encontro-me na Suíça, prestes a praticar eutanásia. O que ocorre é que minha vida se tornou insuportável. Estou sofrendo de Alzheimer.

Assim, não me lembro sequer de algumas coisas que ocorreram não apenas no passado remoto, mas mesmo de coisas que ocorreram ontem. Exceto os amigos mais íntimos, como vocês, não mais reconheço muitas pessoas que encontro na rua e com as quais já convivi.

Não consigo mais escrever bons poemas nem bons ensaios de filosofia. Não consigo me concentrar nem mesmo para ler, que era a coisa de que eu mais gostava no mundo. Apesar de tudo isso, ainda estou lúcido bastante para reconhecer minha terrível situação.

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A convivência com vocês, meus amigos, era uma das coisas – senão a coisa – mais importante da minha vida. Hoje, do jeito em que me encontro, fico até com vergonha de reencontrá-los.

Pois bem, como sou ateu desde a adolescência, tenho consciência de que quem decide se minha vida vale a pena ou não sou eu mesmo.

Espero ter vivido com dignidade e espero morrer com dignidade. Eu os amo muito e lhes envio muitos beijos e abraços!”

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As letras marcantes de Antonio Cicero

Fullgás (Antonio Cicero e Marina Lima)

Maresia (Antonio Cicero e Paulo Machado)

O último romântico (Antonio Cicero, Lulu Santos e Sérgio Souza)

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À francesa (Antonio Cicero e Claudio Zoli)

Assim sem mais (Antonio Cicero, João Bosco e Waly Salomão)

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