4 perguntas para Andrea Bocelli: “Nunca me senti estrangeiro no Brasil”
O tenor italiano conversou com a Vejinha sobre música brasileira e os seus cuidados com a voz; o artista se apresenta em São Paulo nos dias 21 e 22
Andrea Bocelli se apresenta em São Paulo, na Mercado Livre Arena Pacaembu, nos dias 21 e 22. Confira a entrevista com o tenor italiano, que completou trinta anos de carreira em 2024.
4 perguntas para Andrea Bocelli
Você tem boas lembranças de suas apresentações no Brasil?
Toda vez que volto ao brasil, é como atravessar a porta de uma casa amiga. Sempre senti nessa terra um calor humano raro, autêntico e profundo, capaz de desfazer qualquer distância. É um país em que nunca me senti estrangeiro, e o vínculo se renova a cada vez. Isso vale talvez ainda mais para São Paulo, pela comunidade italiana numerosa e enraizada, que se integra de forma virtuosa a esta terra.
Qual a sua relação com a música brasileira?
Amei e frequentei o repertório brasileiro desde jovem, quando tocava em piano-bars no interior da Toscana. Foi uma verdadeira escola de vida e música. Caetano Veloso, Vinicius de Moraes, João Gilberto, Tom Jobim, Elis Regina, Gal Costa… A música de vocês é vida em estado puro, um hino à beleza e à esperança. E, sobre grandes artistas que também são amigas, cito com prazer Sandy e Maria Rita.
Neste ponto da carreira, você tem algum sonho?
Meu sonho, desde jovem, era transformar minha maior paixão em profissão. A realidade acabou superando qualquer expectativa otimista. Por isso me considero em dívida com a vida e não ouso pedir mais nada para mim. Como artista, aspiro continuar — enquanto Deus permitir. O que mais me satisfaz é fazer música ao vivo: o contato direto com as pessoas é um elemento essencial da minha vida profissional e pessoal. Meu sonho é continuar cantando e ter a honra de fazer parte da trilha sonora da vida de tantas pessoas.
Qual o segredo para manter sua voz brilhante ao longo das décadas?
Não há segredos… há sacrifício, disciplina e muito estudo. no cotidiano de todo cantor lírico, o estudo é fundamental, e o treinamento deve ser diário. Costumo comparar minha profissão à de um atleta, justamente pela disciplina rigorosa. Cuidar da minha voz equivale também a manter-me em forma, o corpo é o meu instrumento. Mas, vejamos bem: do que recebi do céu — o dom de um timbre agradável e facilmente reconhecível, capaz de transmitir emoções positivas —, não tenho mérito algum. Apenas procurei cultivar e não desperdiçar o que Deus me deu.
Publicado em VEJA São Paulo de 7 de novembro de 2025, edição nº 2969
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