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Com DNA paulistano, o seriado tem ótimas atuações de Bruna Mascarenhas, Jottapê e Christian Malheiros

Por Miguel Barbieri SEGUIR SEGUINDO
22 ago 2019, 16h13

Nem O Mecanismo nem 3%. Nem Coisa Mais Linda nem O Escolhido. A melhor série brasileira da Netflix é Sintonia. As outras têm, sim, qualidades – mas muitos defeitos. Sintonia é, além de muito brasileira, extremamente paulistana. Gostei muito.

Um dos nomes mais importantes e influentes da cena funk, o produtor KondZilla é um dos criadores e divide a direção dos seis episódios da série com Johnny Araújo, o realizador de Chocante e Legalize Já. O DNA da capital paulista está impresso nas gírias da periferia, nas locações e no enredo.

Bruna Mascarenhas, Jottapê e Christian Malheiros estão espetaculares e formam o trio de amigos de infância que, mesmo unidos, tomam rumos distintos na vida. Nando (Malheiros), casado e pai de um bebê, começa sua ascensão no mundo do tráfico enquanto Doni (Jottapê) dribla o pai comerciante para fazer carreira como MC. Rita (Bruna), solta na vida, encontra a tábua de salvação numa igreja evangélica.

O hit Te Amo sem Compromisso gruda como chiclete e a evolução dos personagens é marcada por reviravoltas naturais e pelo compromisso com a realidade e, melhor, sem julgamento moral. Assista sem preconceito e verá que eu tenho razão.