O Hobbit: é ou não é um caça-níquel de Peter Jackson?
Ontem fui à sessão para a imprensa de O Hobbit – Uma Jornada Inesperada. Confesso que saí decepcionado do cinema. Para quem viu O Senhor dos Anéis, do mesmo diretor, Peter Jackson, e do mesmo autor, J.R.R. Tolkien, notará algumas semelhanças com a trilogia, só que num espetáculo visual menos arrebatador. O maior problema, porém, […]
Ontem fui à sessão para a imprensa de O Hobbit – Uma Jornada Inesperada. Confesso que saí decepcionado do cinema. Para quem viu O Senhor dos Anéis, do mesmo diretor, Peter Jackson, e do mesmo autor, J.R.R. Tolkien, notará algumas semelhanças com a trilogia, só que num espetáculo visual menos arrebatador. O maior problema, porém, não está no quase “mais do mesmo”, e sim, na duração excessiva, de aproximadamente três horas – e isto só neste primeiro filme, já que as sequências serão lançadas em 2013 e 2014.
Os jornalistas assistiram à versão convencional em 2D. A partir de sexta-feira, os cinemas recebem, além desta, a versão em 3D e em 3D com 48 quadros por segundo. Foi aí que fiquei pensando nessa louca transformação que o cinema vem sofrendo. Primeiro, foi a enxurrada (que não tem fim) dos longas-metragens em três dimensões. Bem ou mal, nos acostumamos a isso. Agora, Peter Jackson quer ir além do “trivial” e lança um filme em 48 quadros por segundo. Há controvérsias sobre o assunto, mas, em geral, quem viu uma exibição deste tipo, disse que a imagem fica mais nítida e tudo parece mais real. Ou seja: fã que é fã vai querer ver a versão 3D e também a 3D em HFR (high frame rate). Significa o que? Mais grana para o espectador tirar do bolso e, assim, engordar ainda mais o cofrinho do caça-níquel Peter Jackson.