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Netflix: filme indiano e série da Arábia Saudita fogem do convencional

Quatro Histórias de Desejo e Janelas no Deserto trazem temas interessantes dos dois países

Por Miguel Barbieri Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
27 mar 2020, 12h32
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  • Eu gosto de procurar filmografias, digamos, exóticas na Netflix. Quando vi que havia uma série da Arábia Saudita e um filme indiano sobre “desejos femininos”, encarei a “maratona”. E foi ótimo!

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    A série saudita é uma reunião de curtas-metragens e o longa-metragem da Índia também é dividido em quatro histórias curtas. Confira o que achei de cada um deles.

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    Quatro Histórias de Desejo mostra um avanço nas produções indianas ao enfocar o comportamento sexual pelo ponto de vista das mulheres. No primeiro capítulo, uma professora mantém uma relação escorada no ciúme com seu jovem aluno. A seguir, uma empregada doméstica transa com o patrão, mas os pais querem arranjar uma noiva para o filho (algo parecido já havia sido abordado em A Costureira de Sonhos). Mais maduro, o casal de amantes do terceiro episódio tem uma protagonista de ideias sólidas e liberais. O derradeiro conto filia-se ao humor do brasileiro De Pernas pro Ar ao focar o dilema de uma moça que, sem atingir o orgasmo com o marido, recorre a vibradores. São tramas de humor ameno que, embora escorreguem em alguns momentos no lugar-comum, fazem refletir sobre o patriarcado e as raízes machistas na Índia.

    Pare e pense: quantas vezes você assistiu a algum produto audiovisual da Arábia Saudita? A importância de Janelas no Deserto vem, justamente, para mostrar ao mundo que um país tão fechado também consegue conceber tramas de humor irônico e com críticas ao próprio sistema. Dividida em seis curtas-­metragens, a série tem dois pontos altos. O primeiro episódio narra a trajetória de um vendedor que, prestes a ficar cego, decide rodar o planeta com o melhor amigo (foto) — e o desfecho da história é muito divertido. No terceiro conto, sobreviventes de um acidente aéreo caem numa espécie de fenda do tempo e têm reações como se estivessem na década de 70. Os outros capítulos são, digamos, mais experimentais, seja nos enredos complexos, seja no visual arrojado. Não invalidam, contudo, a proposta de apresentar o cinema saudita, com todas as contradições do mundo muçulmano, a novas plateias.

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