Paulo Shin soube dar nobreza à cozinha coreana no restaurante Komah e, não à toa, levou o prêmio de Chef do Ano pelo COMER & BEBER 2018/2019.
Shin é uma das feras da cozinha paulistana e estará presente na Feira dos Campeões Comer & Beber, que ocorre de 29 a 31 de março, no Arca, um espaço coberto com 9000 metros quadrados a poucos passos do Parque Villa-Lobos.
Como se nota logo no início de seu texto, ele é quase sempre questionado sobre sua nacionalidade coreana – na verdade, ele é brasileiro. E escreveu um texto muito bacana para que as pessoas possam entender as diferenças (ou não) entre as Coreias do Norte e do Sul em um filme da Netflix.
![Welcome to Dongmakgol](https://vejasp.abril.com.br/wp-content/uploads/2019/03/welcome-to-dongmakgol.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
“Sou paulistano nascido na Zona Norte e, na semana passada, me perguntaram se sou da Coreia do Sul ou do Norte. Sempre faço questão de esclarecer: como etnia, a Coreia não tem distinção. Falar de Coreia do Sul e do Norte é como falar de Sudeste e Nordeste. Somos todos Coreia, somos todos Brasil. Park Kwang-hyun, diretor de Welcome to Dongmakgol, toma isso como um de seus principais discursos. Na trama, um piloto americano, três oficiais das Forças Armadas do Norte e dois soldados sul-coreanos se encontram em um misterioso vilarejo, aonde a guerra nunca chegou. O filme traz o relacionamento entre eles.
Em meio à fantasiosa aparição de uma nuvem de borboletas, um andarilho em busca de comida e uma inocente garota que corre tão rápido quanto o vento, os protagonistas são atraídos para o abrigo desconhecido. O conflito continua em uma prova de resistência, incitado pela cegueira do dever político-militar. Ao longo de dias de trabalho para a reposição dos alimentos, acompanha-se o desenvolvimento de cada um dos personagens, que passam a revelar suas complexidades. Até que, por força conjunta do vacilo de ambos os lados, há uma explosão na casa de suprimentos.
A abordagem começa de forma inocente e bem-humorada, mas logo se percebe a sutileza de sua mensagem — nenhum lugar é melhor para falar de anti-guerra do que a Coreia. Em cenários lúdicos, com insinuações de elementos surreais e em perfeita harmonização com a trilha sonora, as cenas são compostas de profundos significados. De maneira equilibrada, o filme nos emociona com risos, desconfianças e inquietações. E lágrimas também não vão faltar”.
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