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20 filmes marcantes que completam 30 anos

1982 foi especial para mim. Último ano na faculdade de jornalismo na PUC, amizades concretizadas ao longo de quatro anos, greves na universidade e tempo de sobra para ir ao cinema. E lá se vão trinta anos… Senti vontade, portanto, de lembrar quais filmes importantes foram lançados em 1982 – o site imdb lista mais […]

Por Miguel Barbieri Jr.
Atualizado em 27 fev 2017, 11h50 - Publicado em 20 nov 2012, 11h19
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1982 foi especial para mim. Último ano na faculdade de jornalismo na PUC, amizades concretizadas ao longo de quatro anos, greves na universidade e tempo de sobra para ir ao cinema. E lá se vão trinta anos… Senti vontade, portanto, de lembrar quais filmes importantes foram lançados em 1982 – o site imdb lista mais de 3 mil produções. Dá uma olhada na lista abaixo e verá que, entre eles, muitos se tornaram clássicos, outros viraram cults, alguns foram levados pelo vento…

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Blade Runner (foto acima)
Vi no cinema e foi revolucionário – e, pensando bem, ainda é. Efeitos especiais, até então, jamais vistos antes numa ficção científica que entrou para a história.

E.T. – O Extraterrestre
Não vi em 1982 porque ficção científica para mim, naquela época, era outra coisa. Tinha muito nhenhenhém e, aos olhos de um cinéfilo que gostava de cinema europeu, Spielberg era diretor de filmes para criança. Só fui assistir quando lançado em vídeo no fim dos anos 80. Curti, mas o boneco do extraterrestre já estava datado.

A Escolha de Sofia
Já gostava de Meryl Streep desde que a vi em Kramer Vs. Kramer (1979). Neste drama sobre uma sobrevivente do Holocausto, ela dá um show de atuação, que lhe valeu, merecidamente, o Oscar. Virei fã e acredito que, até hoje, não surgiu uma atriz à altura dela.

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Tron (foto acima)
Foi o primeiro filme a usar computação gráfica nos efeitos especiais e, por isso, tornou-se uma festa para os olhos do espectador. Assim como Blade Runner, teve sua importância no gênero, mas, posteriormente, ficou ultrapassado por causa das novas técnicas.

Tootsie (foto abaixo)
Comédia não era dos meus gêneros preferidos, mas ficava impossível não rolar de rir com Dustin Hoffman, no papel de um ator desempregado que se disfarça de mulher para conseguir um trabalho na TV.

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Fanny & Alexander
O último filme para o cinema de Ingmar Berman e um dos meus favoritos do diretor sueco. Foram três horas no cinema, que nem senti passar, para contar a história de uma família no início do século XX.

Fitzcarraldo
Toda a grandiloquência e megalomania do diretor alemão Werner Herzog foi traduzida neste magistral épico. Entre outros problemas nas filmagens, teve a memorável teimosia do cineasta em querer subir um barco por uma montanha. A magnífica sequência, porém, é uma das mais belas de todos os tempos (foto abaixo).

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Victor ou Victoria
Os musicais voltavam a dar sinais de vida (com Os Embalos de Sábado à Noite e Grease) quando surgiu esta deliciosa comédia farsesca estrelada por Julie Andrews. Diva de A Noviça Rebelde, a eterna Mary Poppins interpretava uma atriz que se vestia de homem para fazer sucesso nos palcos.

Sonhos Eróticos de uma Noite de Verão
Depois dos emblemáticos Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (Annie Hall), Interiores, Manhattan e Memórias, o diretor Woody Allen quis revisitar Shakespeare, pisou na bola e fez um de seus filmes mais esquecíveis. Lembro de ter saído do Cine Gazetinha (onde hoje funciona o Reserva Cultural) decepcionado com o cineasta.

Cliente Morto Não Paga
Genial paródia aos filmes de gângsteres onde o comediante Steve Martin “contracena” (num truque de efeito visual) com astros do passado como Lana Turner, Humphrey Bogart e Cary Grant. Vi no finado Belas Artes e me lembro de ter sido um sopro de renovação na comédia.

Fazendo Amor (foto abaixo)
Embora pouco lembrado, este foi o primeiro filme que eu vi que tratou da homossexualidade de forma sincera e aberta. A história não deixava dúvidas: Kate Jackson, do seriado As Panteras, perdia o marido para um escritor gay. Falha nossa: o filme nunca saiu em vídeo nem em DVD no Brasil.

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Poltergeist, o Fenômeno
Saí da sessão achando uma grande bobagem, uma peça de terror para pregar susto em criancinhas. Mas com o passar do tempo, revendo na TV, até consegui entender os motivos de as pessoas saírem do cinema assustadas.

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Querelle 
O último filme do alemão Fassbinder (1945-1982) me pegou em cheio: pelo texto inspirado em Jean Genet, pelas cores quentes da fotografia, pela atuação sensual de Brad Davis (foto acima), pela presença magnífica de Jeanne Moreau, pela trilha sonora Peer Raben – na época, quase furei de tanto escutar o disco.

O Estado das Coisas
Em Portugal, um diretor, sem dinheiro, precisa terminar seu longa-metragem. Eis um dos grandes momentos da carreira do diretor alemão Wim Wenders, um dos meus filmes preferidos dele e da década de 80 – talvez de todos os tempos.

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O Fundo do Coração
Deslumbrante visualmente, este foi o filme que levou o estúdio do diretor Francis Ford Coppola à falência. Eu adorei ver Las Vegas recriada em cenários com muito neon e ouvir a inesquecível trilha sonora com canções de Tom Waits – comprei o LP e tenho até hoje o CD.

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Amor Estranho Amor (foto acima)
Sim, vi no cinema o famoso filme que Xuxa aparece pelada e seduz um menino. Mas, infelizmente, é um dos trabalhos menores de Walter Hugo Khouri, o grande diretor de Noites Vazias.

A Marca da Pantera
Paul Schrader era um nome muito badalado naquela época – ele escreveu Taxi Driver e foi roteirista e diretor de Gigolô Americano. Me marcou neste trabalho a mistura de erotismo e terror, além de os efeitos especiais para transformar a atriz-gata Nastassja Kinski em pantera.

Rambo
Passei longe nos cinemas e vi, meio que por obrigação em vídeo, já no fim da década de 80. Violência exagerada, sangrento e dispensável. Mas, sim, marcou uma época, gerou duas continuações, foi copiado, imitado, parodiado… e a bandana do Stallone virou moda (!) – veja abaixo.

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Conan, o Bárbaro
Arnold Schwarzenegger já tinha 35 anos e era um Zé-ninguém quando estrelou este monumento épico kitsch, que, claro, nunca entrou na minha lista de favoritos da década de 80. O sucesso, porém, foi grande e teve uma sequência dois anos depois. Também só assisti, por obrigação, anos mais tarde, em vídeo.

O Ano que Vivemos em Perigo
Foi um dos filmes que tornou Mel Gibson, hoje em decadência, em astro. Gostei da história e da direção de Peter Weir (que se consagraria logo em seguida com A Testemunha). Mas o que ficou na minha memória foi a atuação da atriz Linda Hunt, interpretando um cinegrafista (isso mesmo, um personagem masculino), que lhe valeu o Oscar de coadjuvante – veja na foto abaixo.

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