Walcyr Carrasco vence processo contra o Pânico
O novelista Walcyr Carrasco venceu ontem um processo de indenização movido contra a Band, no valor de 100 000 reais. O programa deverá também retirar da internet, incluindo vídeos no YouTube, imagens, caricaturas ou piadas referentes ao autor. Na sentença, a desembargadora Elizabeth Filizzola afirmou que a caricatura feita no humorístico superdimensionou a sexualidade do autor, […]
O novelista Walcyr Carrasco venceu ontem um processo de indenização movido contra a Band, no valor de 100 000 reais. O programa deverá também retirar da internet, incluindo vídeos no YouTube, imagens, caricaturas ou piadas referentes ao autor. Na sentença, a desembargadora Elizabeth Filizzola afirmou que a caricatura feita no humorístico superdimensionou a sexualidade do autor, “expondo-a ao ridículo e propiciando escárnio”.
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A motivação da ação é o personagem Walcyr Churrasco, interpretado pelo humorista Evandro Santo, no programa Pânico. O personagem em questão mostra uma pessoa afetada. O advogado de Carrasco é o carioca Ricardo Brajterman, que em 2006 ganhou do mesmo Pânico uma ação em favor da atriz Carolina Dieckmann: o programa ficou proibido de exibir imagens dela. A Band deve recorrer da decisão da 2ª Câmara Cível do Rio de Janeiro. Carrasco fala sobre o processo:
Está feliz com a decisão da Justiça?
Eu me sinto justiçado. Eu entendo que pessoas que estão na mídia podem ser alvo de notícias falsas, mas o que esse programa (Pânico) fez foi debochar de mim de uma forma errada, que não condiz com a realidade. A pessoa espalhafatosa que que eles mostram não sou eu. Sou um cara na minha e discreto, que quase não saio de casa. Eu já considero muita gente quando uma festa tem quinze pessoas.
Como soube do personagem Walcyr Churrasco, do Pânico?
Eu não vejo programa, então alguns amigos comentaram e fui ver. Não gostei. Tenho família e amigos que também ficaram chateados com esse deboche que não condiz com o que sou.
Achou o valor da indenização de 100 000 reais ideal?
O valor já me deixa feliz, pois a questão não é o que a imagem perdeu com esse deboche ou se deixei de vender livros. Mas, sim, essa ação mostra que podemos confiar na Justiça como um todo. Isso é o mais importante.