Terraço Paulistano | VEJA SÃO PAULO

Depois de anos, o cabeleireiro passou a selecionar a agenda, que inclui indicações, antigos clientes e filhos de fregueses fiéis

Por Juliene Moretti SEGUIR SEGUINDO
Atualizado em 6 set 2019, 11h42 - Publicado em 6 set 2019, 06h00

Há 59 anos Antonio Carlos Consenza, o Toninho, cuida do penteado de madames paulistanas. Atualmente com 76 anos, ele cultiva há quase uma década uma cadeira no Planet Hair, nos Jardins. Ficou conhecido nos anos 60 por dar volume às madeixas de senhoras que iam de duas a três vezes por semana ao seu salão. “Quanto mais alto o visual, mais elas arrasavam nas festas”, lembra. “Voltavam para retocar os fios, passavam o delineador nos olhos e seguiam para a feira na rua Barão de Capanema.” Suas técnicas de alisamento, antes da existência da progressiva, também agradavam. “Foram uma revolução tecnologias como o secador portátil.” Agora, Toninho seleciona bem a agenda, que inclui indicações, antigos clientes e filhos de fregueses fiéis. “Hoje o mais importante é o cuidado com o cabelo, e não os penteados.”

Publicado em VEJA SÃO PAULO de 11 de setembro de 2019, edição nº 2651.