Tinder da traição: aplicativo de relações extraconjugais cresce em São Paulo
Criada na França, plataforma Gleeden facilita encontros para 'pular a cerca' e já conta com mais de 45 000 usuários ativos na capital
Feita para pular a cerca: essa é a proposta de Gleeden, plataforma criada na França que tem atraído cada vez mais paulistanos — em especial as mulheres, público-alvo da marca.
“Queremos derrubar tabus a favor do empoderamento sexual feminino, pois hoje em dia um homem com muitas amantes é aplaudido, sobretudo nos países latinos, o que não acontece com a mulher”, defende a diretora de comunicação e marketing Silvia Rubies.
“Somos mais fortes na Europa, onde o conceito de relações extraconjugais é até mais aceito, mas associações católicas e pró-família já nos processaram… E sempre perderam, afinal não estamos obrigando ninguém a nada, apenas oferecendo um caminho discreto e privado.”
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Com mais de 260 000 usuários no Brasil, hoje são cerca de 45 000 perfis ativos em São Paulo.
“Cheguei a fazer a proposta de sair com outras pessoas ao meu marido, já propus praia de nudismo e casamento aberto, mas ele perguntou ‘você está louca?’. Na convivência de pandemia, a relação mudou totalmente e decidi aproveitar enquanto estou jovem e gostosa”, diverte-se uma usuária que prefere não se identificar.
Aos adeptos, a rede social tem se tornado uma alternativa segura para seguir o estilo de vida poligâmico — com ou sem o consentimento do parceiro, no caso. “O potencial é grande e vamos ampliar cada vez mais a marca no país”, completa Silvia.
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Publicado em VEJA São Paulo de 11 de janeiro de 2023, edição nº 2823
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