De hétero a drag queen: conheça a festa eletrônica inspirada nas raves europeias
Dono de selo musical largou carreira no mercado financeiro para lançar o Tantša Festival, que terá nova edição no Pavilhão do Anhembi
No Pavilhão do Anhembi, a mistura de ritmos eletrônicos do Tantša Festival retorna à capital em 18 de dezembro sob o comando do empresário Marcelo Madueño, 33, que se inspirou em visitas às raves europeias para criar o evento. “Depois de estudar finanças e uma série de coisas muito nerds na Holanda, sobraram dois meses de verão para curtir por lá… Antes eu só frequentava uns lugares bestas com pessoas que sobem na mesa e fazem escarcéu, mas nunca me identifiquei.”
Após anos de experiência no mercado financeiro, ele decidiu mudar de carreira e apostar no próprio gosto musical. Com investimento de mais de 1 milhão de reais na nova edição, o clima das festas é quase sempre ritualístico: a caixa de som é o “tambor”, o público é chamado de “tribo” e o DJ vira o “xamã”. “Falaram ‘não vai colar, o som é muito pesado e industrial’. Hoje vários públicos frequentam, mas o hétero ainda precisa aceitar minhas drag queens”, diverte-se. “Às vezes rola um preconceito, aí só resta mandar a pessoa embora e cancelar o RG para os próximos ingressos.”
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Publicado em VEJA São Paulo de 08 de dezembro de 2021, edição nº 2767