Sergio K. com uma das camisetas da discórdia: “Preconceito é incitar a violência”
Em fevereiro, o Terraço Paulistano noticiou a nova coleção da grife Sergio K.: uma linha de camisetas com frase provocativas direcionadas a craques de outras nacionalidades como “Zidane já era”, “Baloteelli é um perdedor” “Maradona é bicha” (leia a nota aqui). Hoje, começou a rolar nas redes sociais petições pedindo que a marca interrompa as vendas das peças. Motivo: elas incitariam a homofobia. Sergio K. falou com o blog sobre a polêmica.
Você é conhecido por ser irreverente e bem humorado em suas criações. Ficou surpreso coma repercussão de suas camisetas para a Copa do Mundo?
Fiquei. Essa coleção foi lançada há 45 dias. Logo, imaginei que os ofendidos não leem nada e que se tratava de uma crítica fabricada e sem sentido nenhum. Sempre fui vítima dos síndicos do twitter e dos desempregados que cuidam da carreira alheia.
Acredita que foi preconceituoso de alguma forma?
Não. Preconceito é incitar a violência. Eu emprego homossexuais. Me aponte uma marca no mundo que deu oportunidade de dois transexuais protagonizarem um campanha internacional clicada pelo top Terry Richardson ? As pessoas deveriam observar também outros valores da marca como a distribuição gratuita de preservativos o ano inteiro. Fui vítima de um preconceito pela minha irreverência.
Acha que sofreu perseguição de concorrentes?
Não. Tudo começou um circulante no Shoppng Iguatemi de Campinas que fotografou as camisetas restantes e postou. Logo, blogs replicaram sem apurar que a linha era mais extensa.
Já esgotaram as camisetas da linha da Copa do Mundo?
Assim que lançamos foram vendidos 40% do estoque. Hoje, depois dessa polêmica, totalizamos 90% de peças vendidas.
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