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Paixão por vidros: artista comanda ateliê e oficinas no quintal de casa

Nascida no Egito, Elvira Schuartz veio a São Paulo com apenas sete meses e hoje vive no Pacaembu, onde organiza cursos e produz peças em vidro

Por Humberto Abdo
Atualizado em 18 dez 2020, 12h16 - Publicado em 18 dez 2020, 06h00

No quintal de casa, Elvira Schuartz, 63, ensina sua maior paixão: a fabricação de peças de vidro. “Tudo começou quando quis restaurar minha lamparina e comprei por engano uma quantidade enorme de vidros”, conta. “No trânsito, vi o sol refletido naquelas peças maciças e fiquei fascinada.” Após passar por estágio em Murano, na Itália, e participar de uma mostra em Nova York, seu nome ganhou cada vez mais reconhecimento. Entre esculturas premiadas e vidros produzidos por colegas, seu acervo pessoal inclui antiguidades, réplicas e fragmentos do período romano, que colorem seu ateliê Espaço Zero instalado no Pacaembu. “Eu penso em vidro o tempo inteiro”, diz. “É uma emoção maluca que me arrepia toda vez que vejo aquele vidro derretido caindo no chão como se fosse uma bela camada de caramelo.”

De cabelos ruivos e com óculos de hastes azuis, a artista plástica Elvira Schuartz aparece sentada em um degrau do jardim de casa, no Pacaembu, vestindo roupas brancas e com flores, palmeiras e seu cachorro ao fundo.
A artista plástica Elvira Schuartz no jardim de casa. (Rogério Pallatta/Veja SP)
De cabelos ruivos, roupas brancas e com óculos de hastes azuis, a artista plástica Elvira Schuartz aparece sorrindo de pé e encostada na parede branca de seu ateliê, em uma área com colunas brancas que exibem peças de vidro de seu acervo nas cores laranja, azul, bege e amarelo. Ao seu lado, o cachorro da raça japonesa Shiba Inu.
Elvira Schuartz vive na região do Pacaembu, onde tem espaço para seu ateliê e acervo de vidros. (Rogério Pallatta/Veja SP)

Publicado em VEJA São Paulo de 23 de dezembro de 2020, edição nº 2718.

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